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“Perigo, Will Robinson! Perigo!” Produzir o remake ou revival de um clássico é sempre um grande risco. Se por um lado a premissa é despertar a nostalgia do espectador, por outro há uma imensa responsabilidade em reescrever uma trama já consagrada e amada pelo público.

A Netflix decidiu apostar as suas fichas em uma nova versão de Perdidos no Espaço – que estreia nesta sexta-feira (13) – com grandes ares de modernidade e adaptada para o cenário da sociedade atual. O Pop Séries! assistiu aos cinco primeiros episódios da primeira temporada.

Assista ao trailer de Perdidos no Espaço

Mundialmente conhecida na década de 1960, Perdidos no Espaço acompanhava as aventuras espaciais da família Robinson. Com uma imagem social impecável, eles foram escolhidos para participar da primeira viagem intergaláctica em um planeta do sistema Alpha Centauri.

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No dia da decolagem, o Dr. Zachary Smith decide sabotar os planos, mas acaba ficando preso dentro da nave – chamada Júpiter 2 – e consequentemente passa a viver diversas aventuras com os demais personagens.

Que personagens não aparecem no piloto de Perdidos no Espaço?

No entanto, a nova atração da Netflix apresenta uma narrativa diferente da anterior, afinal de contas os tempos são outros. Todos os elementos principais aparecem na trama, como a saga dos protagonistas em busca de um planeta perfeitamente habitável. Porém, houve uma reformulação na imagem dos personagens e a produção buscou mais a realidade dos dias atuais. Os Robbisons não são mais tão perfeitos quanto pareciam! O pai – John (Toby Stephens) – tem sérios problemas de relacionamento com os filhos e enfrenta uma crise conjugal com sua esposa, Maureen (Molly Parker).

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perdidos no espaço remake netflix

A atriz Parker Posey é a Dra. Smith na nova versão de Perdidos no Espaço

 

Outro ponto bacana do revival é o protagonismo dado às mulheres. Maureen e suas filhas são corajosas e demonstram grande personalidade e inteligência na missão espacial. Inclusive, Dr. Smith ganhou uma versão feminina, interpretada pela atriz Parker Posey, e apresenta um comportamento que beira à psicopatia. Diferente do original, ela não pratica nenhuma sabotagem inicial na nave espacial, sendo inserida na história durante uma terrível tempestade. Assumindo-se como psicóloga, a personagem passa a manipular os relacionamentos dentro da Júpiter 2 para o seu próprio benefício.

Flashback: família Robinson enfrenta terremoto

No clássico, Dr. Smith se transformou em um personagem cômico, que se tornou o melhor amigo do caçula, Will. O vilão também deixa de atrapalhar a vida da família e passa a elaborar planos para voltar à Terra. No novo seriado, a personagem tem toques de maldade tão elevados, que dificilmente suas atitudes serão enviesadas para o humor.

Ao mesmo tempo, o robô que era tão querido pelos fãs ganhou uma roupagem pouco carismática e mais tecnológica. O relacionamento da máquina com o Will (Maxwell Jenkins) é fiel e intenso, mas deixa a desejar no quesito simpatia . Aliás, o garoto é o único da tripulação capaz de estimular a compaixão, uma vez que enfrenta grandes dilemas em situações de completa solidão.

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Os robôs que marcaram a história da TV

Sem dúvida alguma, a produção gigantesca, a qualidade dos efeitos visuais e as incríveis cenas de ação tornam o programa uma ficção científica atrativa, sendo capaz de conquistar a  juventude do século 21. Para este público, as adaptações na trama eram necessárias para o sucesso de audiência . Porém, a série peca no despertar da nostalgia e deixa de lado o público que era tão leal às aventuras da família em outras galáxias.

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wagner
wagner
5 anos atrás

Para uma geração de idiotas egoístas essa série medíocre é perfeita!

Não se mexe num clássico!

wagner
wagner
5 anos atrás

Para uma geração de idiotas egoístas essa série medíocre é perfeita!

Não se mexe num clássico!