
No amor e na guerra vale tudo? No caso dos romances policiais, a resposta é sim. Aliás, a maioria das séries que possuem crimes e assassinatos em seu enredo carregam uma certa tensão sexual entre os protagonistas. A fórmula, no entanto, pode levar o show rapidamente ao sucesso ou ao fracasso.
Em Castle, por exemplo, o namoro entre a detetive Kate Beckett e o escritor Richard Castle (Nathan
Fillion) trouxe a maior audiência da história ao programa e, talvez, o roteiro mais emocionante de todas as cincos temporadas da série. É claro que os personagens sofreram muito com a antecipação antes do romance se concretizar. Castle era mulherengo, esbanjador e inconsequente. Beckett, por sua vez, desconfiada, durona e solitária.
Castle: saiba o que esperar do episódio 100
A nova dinâmica completou a histórias dos dois investigadores de uma tal maneira que fica difícil imaginar o seriado sem o romance. Já em The Mentalist, os produtores não querem ainda dar o final feliz a Patrick Jane (Simon Baker) ao lado de Teresa Lisbon. O medo de um envolvimento precoce é justificável. Jane está concentrado em sua própria vingança pessoal e um namoro com outra pessoa pode estragar os seus planos – e até mesmo colocar a vida da amada em risco.
Jane é cauteloso e tem medo do Red John é capaz de fazer. Ele já viu o assassino destruir a sua família uma vez e não quer arriscar a sua felicidade novamente. Ao mesmo tempo, o “mentalista” coloca Lisbon como a sua única aliada, a ponto de dividir as suas descobertas somente com ela. A opção pela separação, neste momento, até funciona, mas o atraso do romance pode sim prejudicar a série.

O romance entre Patrick Jane e Lisbon é eminente; somente Red John atrapalha a felicidade do casal
The Mentalist: aliada de Red John retorna em missão assassina
Em Elementary, o caminho adotado pelos produtores é outro. A história de Sherlock foi completamente modificada. O detetive vive agora em solo americano e possui uma mulher como colega – Watson é interpretada por Lucy Liu. A nova fórmula permite uma abordagem inovadora ao clássico e também a garantia de uma tensão romântica ente os protagonista até o fim da série.
Sherlock (Jonny Lee Miller) é confuso, excêntrico e problemático para Watson. A combinação de duas personalidades completamente opostas até funciona, mas tem data de validade. Mesmo que o produtor executivo Rob Doherty negue a necessidade de um envolvimento entre os dois investigadores, o romance parece algo crucial para a sobrevivência da série. Afinal, até quando o público esperará pelo inevitável? Qual é o ponto de dar a Watson uma interpretação feminina?
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