Para aqueles que pensaram que Homeland não alcançaria sucesso suficiente após a morte de Brody, a terceira temporada foi uma incrível surpresa. Carrie Mathison (Claire Danes) renasceu nos novos episódios e comprovou que consegue ser uma agente ainda melhor sem a presença do amado.
A série conquistou uma ótimo resultado ao redirecionar a sua trama. Deixando de lado o sentimentalismo do amor proibido entre Carrie e Brody, o seriado focou-se no incessante trabalho da CIA para combater o terrorismo no Oriente Médio. A protagonista ressurgiu com uma postura mais confiante como líder e, mais uma vez, adotou uma postura moral extremamente duvidosa para vencer suas missões.
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Carrie expôs, como nunca visto antes, a sua face mais manipuladora e sagaz. Sendo treinada por um homem tão persuasivo como Saul Berenson, ela colocou sua ética em jogo ao recrutar o sobrinho do terrorista Haissam Haqqani. A personagem envolveu-se sexualmente com o jovem – inexperiente e inseguro – para conseguir eliminar o inimigo. A dualidade de sentimentos que ela impôs na relação, fez com que o telespectador duvidasse se havia mesmo apenas uma estratégia de persuasão ou o indício de um romance improvável.
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Foi interessante também acompanhar a trajetória de Saul (Mandy Patinkin). O personagem, que era visto em uma posição de liderança “confortável”, foi colocado em situações de intensa degradação. Mesmo com certa frieza, ele mostrou uma humildade surpreendente ao ser liderado e salvo por Carrie. A cena de seu resgate, no episódio There’s Something Else Going On, pode ser considerada a melhor do terceiro ano.
Homeland também teve audácia em mostrar os Estados Unidos como um país mais vulnerável diante de diversas ameaças terroristas. Esqueça as histórias em que a maior potência mundial é capaz de derrotar inimigos cruéis com grandes tons de heroísmo. A terceira temporada retratou a fragilidade diante do inesperado e o despreparo de profissionais em situações extremas, como o assassinato de Fara na embaixada dos EUA no Paquistão.
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O novo rumo do programa também propiciou o crescimento de personagens coadjuvantes como Peter Quinn (Rupert Friend). Com certeza, os próximos capítulos mostrarão como ele irá lidar com as novas missões e sua história de amor complexa com Carrie. Resta saber se ela conseguirá ser fiel aos seus sentimentos, depois de passar por tantas situações controversas.