A expectativa em assistir Frank Underwood (Kevin Spacey) comandando a Casa Branca era imensa. Para os fãs da série, que esperaram quase um ano para o lançamento dos novos episódios, isso representava a glória máxima do personagem. Entretanto, como em House of Cards tudo é imprevisível, o terceiro ano do seriado mostrou que o poder absoluto da presidência não significou o grande triunfo da vida de Underwood.
O novo comandante dos Estados Unidos não previu que para liderar a maior potência do mundo era preciso algo muito maior do que apenas manipulação. Era necessário astúcia, carisma e principalmente coragem para vetar pedidos errôneos. A fragilidade do protagonista, que atende pelo nome de Claire, fez com que erros primários e amadores fossem cometidos. Frank, pela primeira vez, experimentou a solidão.
Especial de estreia: terceira temporada de House of Cards
A ganância em ocupar o lugar mais cobiçado pelos políticos americanos não foi suficiente para o casal. Claire (Robin Wright) não queria se submeter apenas ao papel de primeira-dama. Ela exigiu o cargo de embaixadora dos país na ONU e Frank cedeu ao incisivo pedido da personagem.
Com as reviravoltas da trama, Claire percebeu que o fardo em obter o poder era mais pesado do que gratificante. Ela se sentiu traída pela falta de desejo do marido em relação às suas ambições. Afinal de contas, Claire foi a principal responsável por moldar o comportamento do presidente e o relacionamento, que era tão indestrutível, foi se dissolvendo a cada episódio.
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Interessante também foi observar o arco narrativo que evolveu Frank e o escritor Thomas Yates (Paul Sparks). Contratado para escrever um livro sobre os feitos políticos de Underwood, o personagem conseguiu captar, em pouco tempo, toda as essência e intimidade de Frank e Claire, expondo um lado real, cheio de frustrações e desejos inalcançados.
Os criadores da atração obtiveram bastante sucesso em direcionar uma parcela da trama para a vida de Doug Stamper (Michael Kelly). O personagem, interpretado por Michael Kelly, brilhou nesta temporada. As atitudes misteriosas e obsessivas geraram grandes dúvidas sobre seu comportamento. Com grande perspicácia, ele conseguiu manipular pessoas que poderiam destruir Frank e reconquistou seu cobiçado cargo político.
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Para a próxima temporada, Frank enfrentará grandes batalhas. Será que o protagonista conseguirá a reeleição, mesmo sem contar com o apoio de Claire? Para um personagem que tem a coragem de urinar no túmulo do próprio pai, tudo é possível.