Os irmãos Wachowski são dignos de um estudo comportamental. Como se não bastassem serem responsáveis pelo sucesso da saga Matrix (1999), os diretores tiveram a grande ideia de abordar conexões humanas que transpassam o limite de tempo, espaço e local.
Sense8 acompanha a trajetória de oito pessoas desconhecidas entre si que moram em diferentes lugares do mundo. Em um determinado momento, elas passam a viver e presenciar fatos uma das outras e começam um interessante relacionamento de amor e ajuda mútua.
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Igualmente complexos e muito bem apresentados, os protagonistas tentam lidar com os desafios de suas vidas particulares, ao mesmo tempo em que se dispõem a compartilhar alegrias e sofrimentos uns dos outros. Inicialmente, a trama parece demorar um pouco para decolar, talvez pela inserção de muitas tramas paralelas. Entretanto, a profundidade em que cada história é introduzida faz com que o público se identifique com o drama apresentado.
O que contou a favor do seriado foi a boa elaboração de cada história individualmente. Isso fez com que todos os personagens fossem valorizados na trama e contribuiu para que nenhum arco narrativo fosse menosprezado. O mais interessante de observar é que mesmo com tantas diferenças, os seres humanos compartilham dos mesmos princípios de alegria, amor, tristeza e coragem.
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Além disso, grande parte do sucesso de Sense8 se deve a boa escalação de seu elenco. Destaque para a comovente atuação de Aml Ameen, que interpreta Capheus, e Jamie Clayton (Nomi Marks), mais uma atriz transgênera que recebeu uma grande oportunidade artística.
Com desfecho satisfatório, dando destaque a história de amor entre Riley e Will, a série deixou a maioria de seus arcos em aberto, o que pode dar margens a diversas reviravoltas, incluindo perseguições e uma boa dose de ficção científica.
