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Sherlock guarda a essência das grandes produções da BBC. A série inglesa, que está em terceiro ano, explora a história do detetive mais aclamado do mundo com um roteiro carismático, desafiador e contemporâneo.

Reviver um clássico, no entanto, tem os seus desafios. Na versão moderna, Sherlock Holmes (Benedict Cumberbatch) recebeu superpoderes cobiçados: uma memória fotográfica e um incrível poder de dedução que o faz resolver praticamente todos os tipos de crime. Outras mudanças foram feitas também na narrativa. Diferente dos episódios passados, em que Moriarty era o tema central, neste ano a trama caminhou para outro desafio na vida do protagonista: a sua capacidade limitada de se relacionar com a família e o amigo, Joan Watson (Martin Freeman).

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Holmes ficou dois anos escondido e exilado de sua pátria para provar que, de fato, estava morto. Quando retorna, a fim de evitar um ato de terrorismo, não é recebido da forma que esperava pelo fiel escudeiro. Watson seguiu com a sua vida: voltou a praticar a medicina e encontrou uma companheira, Mary. E, de certa forma, a mudança na relação dos amigos norteou todos os três capítulos da terceira temporada.

 

 

 

Um Sherlock mais humano? Terceira temporada explora vínculos emocionais do detetive

Um Sherlock mais humano? Terceira temporada explora vínculos do detetive

Para quem leu o livro de Arthur Conan Doyle, que serviu de inspiração para a série, o casamento de Watson e Mary foi uma verdadeira síntese das histórias do detetive. Flashbacks de antigos casos foram explorados no discurso de Holmes, que aceitou, ainda em choque, o papel de padrinho. É divertido ver como o protagonista depende cada vez mais dos lanços humanos, mesmo que ainda negue isso. Parte desta sensibilidade aflorou em momentos cruciais – na relação com o irmão, Mycroft, no reencontro com a ex e na proteção dada à mulher do amigo, que esconde um passado sombrio como agente da CIA.

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Assista ao trailer da terceira temporada

A ressurreição do personagem trouxe frutos para emissora, que agora trabalha na renovação de mais uma ano do seriado. Em seu episódio de estreia, Sherlock alcançou a marca de 9.2 milhões de telespectadores na Inglaterra. Nos EUA, a produção foi bem aceita pela audiência e pela crítica.

Agora, o detetive deve ser preparar para enfrentar uma antiga ameaça. Moriarty está de volta, mas não como o esperado. O vilão conseguiu se “infiltrar” na rede global, estampado o seu rosto em todas as televisões do país, e provocando um estado de terror na população e nas autoridades inglesas. Resta saber como Holmes enfrentará esta nova ameaça, ao passo que não pode vê-la, senti-la ou persegui-la. Como na realidade, os inimigos a ordem e a paz não são mais palpáveis. Neste aspecto, o roteiro não poderia ser mais verossímil.

• Por Julia Benvenuto

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