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G20: Viola Davis estreia em filme de ação com vertente política

Você provavelmente já viu Viola Davis interpretar os papéis mais variados na TV e no cinema: de rainha africana a uma advogada de prestígio, capaz de esconder um assassinato. E G20 prova que a atriz pode surpreender.

Afinal, Viola Davis estrelando um filme de ação era algo inédito. A atriz decidiu embarcar em uma nova aventura em sua carreira – e parece que se divertiu muito com o trabalho. Em G20, o encontro entre as nações mais poderosas do planeta é comprometido e a presidente dos EUA, Danielle Sutton (Viola Davis) é o alvo número um. Criminosos implacáveis e comandados por um líder sem compaixão (Antony Starr) tentam desestabilizar mercados globais usando criptomoedas e deep fake. Mas Danielle é esperta e consegue escapar dos inimigos, agora ela tenta proteger sua família, defender seu país e salvar os líderes mundiais.

“Acho que, às vezes, especialmente se alguém é o presidente dos Estados Unidos, nós o vemos como seu papel e não como um ser humano”, comentou Viola sobre a decisão de interpretar a personagem. “Não estou interpretando a presidente dos Estados Unidos, estou interpretando Danielle Sutton, que foi eleita. E assim, sempre que você tem um personagem precisa descobrir qual é a necessidade que o motiva. O que é aquela coisa pela qual ele vive? Vejo isso em muitas pessoas e acho que muitas delas provavelmente são inseguras demais para admitir que talvez não se sintam dignas, o tipo de síndrome do impostor que nos acompanha por toda a vida, mesmo quando temos muito sucesso. Achei que esse era um belo ponto de partida, esse tipo de herói relutante e, no final, acho que ela superou isso. Pelo menos por um tempo. Sabe, com graça, com uma espécie de perdão.”

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O bate-papo também contou com a presença da diretora Patricia Riggen (Sob a Mesma Lua e Milagres do Paraíso) que comentou sobre a decisão de gravar o longa-metragem na África do Sul. “Acho que nas últimas décadas, como cineastas, estamos sempre atrás de incentivos fiscais, estamos sempre filmando onde há um incentivo fiscal. A África do Sul tinha esses incentivos, então fomos autorizados a filmar lá. Foi absolutamente espetacular em todos os sentidos. De fato, este ano, o G20 será realizado na África do Sul, então foi uma ótima ideia filmar lá.”

A locação funciona muito bem para a narrativa, afinal Danielle está em uma país estrangeiro, longe de todos os recursos do exército americano, quando o sequestro acontece. Outra boa decisão foi mudar a nacionalidade dos criminosos tão conhecidos em filmes americanos, uma visão totalmente estereotipada da realidade. Aqui, o principal oponente da protagonista é um australiano e não um russo.

“A Austrália é apenas uma opção para torná-lo global. Uma das ideias de G20 é que se trata de uma cúpula global. Os vinte países mais poderosos do mundo se reúnem com seus presidentes. Nós fizemos um esforço para selecionar todas essas nacionalidades diferentes, então, é claro, também vamos dar ao nosso vilão uma nacionalidade diferente para que todos estejam representados”, disse Patricia. E completou: “O Antony realmente nos ajudou a dar corpo a esse cara. As pessoas me dizem que, quando estão assistindo ao filme, há um momento em que você realmente fica do lado do vilão. Isso é muito legal, devo dizer.”

No mais, G20 não é o melhor trabalho de Viola Davis. Há alguns pontos, principalmente de efeitos especiais, que poderiam ter sido melhorados. Mas isso não compromete a experiência: Viola claramente se divertiu com o projeto, a história é bem amarrada e divertida, além disso é praticamente impossível não torcer pela heroína. O filme conquista até quem não curte o gênero de ação.

“Acho que tenho uma meta, um desejo ou um sonho grandioso: quero que as meninas e as mulheres sintam que são capazes. Sabe, é como aquele sentimento de que você não está aqui apenas para… não que muitas mulheres estão, mas aquele sentimento de que você está lá apenas para ser uma extensão da desejabilidade masculina. Ou apenas para ser simpática. Quero que as pessoas sintam, que as mulheres sintam, que não há nada que elas não possam alcançar, e que os únicos limites de suas vidas são os limites de sua imaginação, que é ilimitada. Isso faz sentido?”. Sim, Viola. Faz muito sentido.

O elenco ainda conta com Anthony Anderson, Marsai Martin, Ramón Rodríguez, Douglas Hodge, Elizabeth Marvel, Sabrina Impacciatore e Christopher Farrar.

G20 está disponível no Prime Video.

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