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Se você gosta de séries como Dark e Twin Peaks, onde estranhos acontecimentos ocorrem em pequenas cidades, rodeados de mistério, a nova série brasileira Desalma não vai decepcionar (estreia 22 de outubro no Globoplay).

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A trama acompanha uma pequena comunidade ucraniana no Brasil, Brígida, que tem seu cotidiano abalado após um assassinato. A protagonista Cassia Kis vive Haia, uma bruxa misteriosa, que teve muitas perdas ao longo da vida. Na noite da tradicional festa pagã Ivana Kupala, a sua filha some na floresta. O seu corpo aparece dias depois no rio que corta a grande mata do local. Mas a morte abalará profundamente outros habitantes da cidade.

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No elenco também estão Claudia Abreu – no papel de uma mulher solitária – e Maria Ribeiro, que vive uma mãe que muda-se para a cidade após a morte de seu marido.

“Eu queria escrever uma história sobre uma comunidade ucraniana. Porque eu sou do Rio de Janeiro e quando vim para Curitiba eu me deparei com essa comunidade (…). Você começa a ver uma igreja diferente, a identificar esses elementos. Eu vi que eles eram muito ricos e as pessoas precisavam saber que essa cultura existia”, contou a criadora da série Ana Paula Maia em coletiva de imprensa. “Para mim outra questão fundamental na construção de Desalma é o imigrante. Ele é um invasor, que sai do seu país fugindo da fome e miséria, e vem para um país completamente diferente”, completou.

Carlos Manga Jr., que assume a direção artística do projeto, buscou definir o estilo adotado, até então inédito em produções do Globoplay. “Hoje, a gente vive um mundo de subgêneros, o que torna tudo mais interessante. Acho que o Desalma, por ser um subgênero ele é mais complexo, é um drama sobrenatural. Ele é um drama/thriller/sobrenatural. Não é para que você tenha susto, o medo crescente é também acompanhado de uma sensação de angústia.”

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Maria Ribeiro interpreta mãe que tem que cuidar das filhas após a morte do marido. Divulgação: Globoplay

Para Claudia, a escolha do local das locações também ajudou para a criação da sensação de suspense. “A Serra Gaúcha que retrata Brígida e mesmo outros lugares, tem uma unidade, para retratar essa comunidade fechada e muito cúmplice dessas tradições. É um grande confinamento, desses imigrantes que ficam com as suas tradições. O que prende muito é essa atmosfera, que acho completamente de tudo que já foi visto.”

O elenco também tentou definir o que Desalma busca propor ao público. Para Cassia, a palavra é complexa e está ligada a “transfiguração da alma”. Já Maria acredita que o seriado irá despertar questões profundas ao ser humano: “Nada dá mais medo que o mistério. A vida é um mistério absoluto. Para onde a gente vai, de onde a gente veio? Qual é o sentido de tudo? Essas coisas são bem mais amedrontadoras.”

 

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Julia Benvenuto

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduada em Jornalismo Cultural pela FAAP. É autora da tese "A Revolução dos Losers: como o seriado americano Glee representa a juventude do século 21".