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O grande trunfo de Supergirl, pelo menos em sua primeira temporada, é Melissa Benoist. Com exceção à protagonista, a história de Kara – a prima do Super-Homem – não conquista e é bem menos interessante que os seus antecessores da DC Comics.

Diferente de The Flash e Arrow, a trama não evolui com densidade no seriado. A ideia de mostrar saga de Kara para se encontrar como heroína no planeta Terra e romper barreiras é algo válido. Afinal, milhares de programas na atualidade têm se concentrado em contemplar histórias coadjuvantes ainda não exploradas. Por esse motivo, os produtores ainda resistem em não dar um rosto a Clark Kent – que até então só teve partes de seu corpo mostradas e seu nome citado.

Guia de episódios de Supergirl

Supergirl: Barry visita National City

Herói Flash marcou presença em um dos episódios da série

Uma pena que este seja o desejo dos roteiristas. A presença do herói, ocasionalmente, deixaria tudo mais interessante. National City tem os seus vilões, é claro. Mas a maioria deles sofre da falta de carisma. Maxwell Lord (Peter Facinelli) até guarda semelhanças com Lex Luthor, no entanto, peca em superficialidade. Algo comum na construção de quase todos os personagens ao redor de Kara. Cat Grant é a única a escapar desta sina. Talvez, pelo talento de Calista Flockhart, que consegue trazer empatia para a magnata da comunicação.

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Na primeira temporada, Kara enfrentou desafios terrestres e invasões alienígenas de Krypton. Capturou perigosos criminosos da Zona Fantasma e lidou com a traição da tia, Astra. Descobriu que o pai adotivo está vivo e que manter a sua identidade secreta é algo vital para a sobrevivência de todos aos seu lado. Entretanto, os melhores momentos dos 20 episódios transmitidos não tiveram ligação com esses eventos. A visita de Barry Allen, perdido em uma de suas viagens no tempo, e a influência da kryptonita vermelha na protagonista foram os ápices da temporada.

Infelizmente, faltam muitas mudanças para que Supergirl consiga alcançar o sucesso de Smallville. Durante uma década no ar, o seriado soube explorar com destreza a história do Super-Homem, que recebeu uma abordagem adolescente. Há potencial para isso. Sem a renovação pela CBS, o programa foi comprado pela CW. Greg Berlanti e Andrew Kreisberg, que estão envolvidos nas outras tramas de heróis do canal, podem adequar a série aos padrões seguidos pela emissora. Além disso, crossovers entre as atrações dará o fôlego necessário para a segunda temporada de Supergirl.

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