Quando a Netflix foi apresentada ao público, logo transformou-se em uma grata novidade para quem gostava de ver filmes e séries. A dificuldade encontrada por muitas pessoas que não conseguiam pagar os altos preços das locadoras, nem tinham conhecimento para buscar ótimos filmes, muito menos tempo para ficar pesquisando sobre a indústria do cinema, acabou naquele momento.
Com as ferramentas de streaming da Netflix, sugestões de acordo com o gosto do usuário, a empresa revolucionou a forma como as pessoas consumiam filmes e séries. Uma mudança muito similar a que aconteceu na indústria dos jogos de apostas, quando os cassinos online começaram a ser lançados, permitindo que, hoje, fãs de cinema possam jogar o caça-níquel do TED de graça, ou valendo dinheiro.
Essa é uma mudança que atinge não apenas um mercado específico, no caso o do cinema e séries, mas toda a cadeia de produção de entretenimento. Se fosse possível fidelizar uma multidão de fãs de filmes e séries em torno de um programa de streaming, por que não seria possível criar serviços de assinaturas no mesmo modelo do Netflix para outros setores?
A nova ordem é assinar
Observando essa mudança de paradigma criada pelo Netflix, milhares de empresas passaram a oferecer seus serviços no modelo sob demanda, por assinatura. Foi assim que a HBO, FOX, Paramount, Disney, e um grande número de produtoras passaram a trabalhar nos últimos anos. A indústria do cinema se reinventou mais uma vez e mudou seu modelo de negócio central.
Agora, os melhores lançamentos são feitos pelas próprias plataformas de streaming, tanto de filmes como séries de sucesso. As locadoras foram extintas, e os cinemas lutam para sobreviver em meio ao cenário de domínio das produções cinematográficas em serviços de assinatura. Essa é uma tendência que parece não ter fim, e que começa a se estender para outros setores.
O universo dos jogos eletrônicos parece ter aprendido a lição, e já começou a criar os seus próprios serviços de assinatura sob demanda. A Microsoft, responsável pela linha de consoles Xbox, e a Sony, proprietária da franquia Playstation, já possuem um serviço desse tipo. Por um valor fixo mensal, os jogadores podem baixar vários jogos.
O poder está nas nuvens
Muitos jogadores com consoles antigos, e com pouca capacidade de armazenamento, não podiam aproveitar esses serviços até então. Apenas os jogadores com os novos consoles e computadores potentes é que se beneficiavam dessas assinaturas. Isso acabava restringindo o público consumidor.
Por conta da experiência da Netflix, que usou a tecnologia de transmitir vídeos e séries online, as empresas e produtoras de jogos eletrônicos passaram a criar seus próprios serviços de jogos via streaming. Em um futuro próximo, que já é realidade em alguns países como EUA, e Japão, os jogadores brasileiros poderão jogar jogos de última geração de qualquer console ou PC também.
Isso porque, ao iniciar o jogo pelo serviço de nuvem da empresa, o jogador estará jogando um jogo rodado em uma super máquina, recebendo a imagem ao vivo, e emitindo comandos em tempo real. É uma revolução que vai democratizar o acesso aos jogos eletrônicos de última geração.