Por anos cotado como um dos vilões mais temidos do cinema e da TV, Neal McDonough encara um novo desafio em O Último Rodeio.
O filme, dirigido por Jon Avnet, chega aos cinemas com a promessa de tocar o coração do público com uma história de redenção e coragem no universo da montaria. Na trama Joe Wainwright (interpretado por Neal) é uma lenda aposentada da montaria em touros, que vive isolado após carregar as cicatrizes de um passado traumático e um distanciamento da família.
A tranquilidade de sua aposentadoria é quebrada quando seu neto, Cody Wainwright (Graham Harvey), é diagnosticado com um grave tumor cerebral. Sem recursos para custear a cirurgia necessária, Joe toma uma decisão arriscada: ele retorna à arena para participar da competição de montaria em touros mais desafiadora, enfrentando o tempo e as limitações do corpo.
Joe volta a competir não apenas pelo prêmio em dinheiro, mas como uma última e desesperada tentativa de redenção e de reconquistar o amor de sua filha, Sally Wainwright (Sarah Jones), que o vê partir com medo e ressentimento.
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Para garantir a autenticidade das cenas de rodeio, a produção foi filmada em locações reais nos Estados Unidos, como Oklahoma, e contou com a participação de competidores profissionais da Professional Bull Riders (PBR), como Daylon Swearingen, que aparece interpretando a si mesmo.
Entrevista com Neal McDonough sobre O Último Rodeio

POP SÉRIES – Neal, você interpretou muitos vilões na TV. Como é interpretar agora um homem que é quase um herói e quer fazer o bem e ajudar sua família?
NEAL MCDONOUGH – Tive uma carreira fantástica interpretando tantos vilões porque, obviamente, minha regra é não beijar outra mulher na tela. Isso me impede de interpretar muitos mocinhos. Portanto, meu objetivo é ser o melhor vilão da história de Hollywood. Não sei se consegui ou não, mas acho que cheguei bem perto. Interpretei alguns personagens realmente deliciosamente maus. Mas agora, nos últimos anos, minha esposa, Ruvé, e eu decidimos produzir filmes que glorificam a Deus. Finalmente, posso ser o herói nos filmes que sempre quis fazer. Finalmente posso beijar a garota no final deste filme. É claro que a garota que beijo é minha esposa na vida real, Ruvé, que interpreta minha esposa Rose.
*Falando do Brasil, sabemos que vocês têm peões de verdade e um ator brasileiro no elenco. E acho que isso é muito importante para nós, porque o esporte aqui é popular.
NEAL – Acho que tivemos muita sorte que a PBR nos cedeu seus peões e seus touros para o filme. Assim, pude realmente conhecer em primeira mão como são os brasileiros. Metade dos peões do filme são brasileiros. Gabriel [Sousa], um dos personagens do filme, é brasileiro. Atualmente, o maior esporte no Brasil é a montaria em touros. Eu pude realmente entender os rapazes, conversar com eles e aprender sobre eles. Devido à resiliência, isso adiciona autenticidade ao filme, porque é isso que é a montaria em touros. É tudo uma questão de uma família unida. É tudo uma questão de ter fé que você vai conseguir superar essa montaria. Mas são os brasileiros que realmente lideram a PBR atualmente. Eles são os melhores atletas que existem. São durões. Não reclamam. Aparecem e dão o máximo de si. Isso é contagiante, e eu adoro ver isso.
*Você, então, planeja visitar o Brasil?
NEAL – Sim, fazer parte da cultura e ver como é o povo brasileiro. Eu sou católico irlandês, e é a mesma coisa. Os católicos irlandeses, os brasileiros, suas grandes famílias são católicos. Eles se preocupam em fazer a coisa certa pela família, mas não se metam com a família, ou algo ruim pode acontecer. Então, é a mesma sensação. Eu amo essa cultura. Eu sei que o Brasil vai adorar O Último Rodeio.
*Para mim, O Último Rodeio tem muitas semelhanças com Rocky. Joe é um peão que enfrenta seu último campeonato com a ajuda de seu melhor amigo. Rocky foi uma inspiração para o personagem?
100%. Acho que, especialmente por ter convivido com Sylvester Stallone nos últimos dois anos durante as filmagens de Tulsa King, isso acaba influenciando você. Sylvester é, mais uma vez, um católico devoto, um grande homem de família. Por isso, nos damos muito, muito bem. Mas quando conhecemos Stallone, começamos a conversar sobre o que eu estava prestes a fazer, Ruvé e eu estávamos prestes a fazer nosso primeiro filme juntos, que realmente era Rocky enfrentando um touro. E ele ficou muito entusiasmado com isso. E ele está muito orgulhoso do que fizemos. E ele nos deu esse apoio quando o filme foi lançado. Acho que o fato de Sylvester ter feito todas essas postagens e falado sobre O Último Rodeio ajudou no sucesso, porque o sucesso tem sido fantástico. Quero dizer, só em vendas, é o filme número um que a Angel já teve em vendas. O boca a boca tem sido incrível porque é um filme sobre família e é um filme sobre uma família que se desintegrou. E como você a reconstrói? Bem, você se reconstrói através da fé. E esse é o cerne do filme.
Sylvester Stallone participa de This is Us
*Há algum projeto novo em que você esteja trabalhando e sobre o qual possa me contar alguma coisa?
Temos três filmes que vamos fazer nos próximos meses e, depois, volto para Tulsa King. Mas o nosso próximo grande filme chama-se The Wicked and the Righteous. É Cain e Abel no Oeste, e são dois irmãos que se enfrentam no século XIX. Vai ser fantástico. Estou ansioso por isso. Vai ser um grande western, e todos vão adorar. É nisso que estamos trabalhando agora. Estamos muito orgulhosos e abençoados por Deus ter nos dado a oportunidade de fazer esses filmes, e não vamos decepcioná-los, nem vamos decepcionar os fãs.
O Último Rodeio estreia em 16 de outubro nos cinemas brasileiros.