Quando Shonda Rhimes decidiu criar Scandal, a escritora teve a ideia de personificar a Mulher Maravilha dos tempos modernos. Olivia Pope (Kerry Washington) é uma grande heroína capaz de enfrentar qualquer problema.
Talentosa, sensual e extremamente política, a protagonista não só possui um caso extraconjugal com o presidente dos EUA, mas é responsável por todas as decisões relacionadas ao governo americano. Por causa de Olivia, Fitzgerald Grant (Tony Goldwyn) foi eleito e, em qualquer crise de seu mandato, ela é chamada para resolver a situação. Assim como em um conto de fadas contemporâneo, Olivia é uma mulher independente que não tem medo de exercer os seus poderes femininos.
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O seriado conseguiu conquistar bons índices de audiência nas duas primeiras temporadas. Os telespectadores ficaram fascinados com a narrativa ágil, as reviravoltas surpreendentes e a complicada história de amor entre os personagens. Entretanto, o terceiro ano foi comprometido por situações irreais e fatos mirabolantes que atrapalharam a estrutura básica da trama.
Olivia foi transformada em uma protagonista digna de novela mexicana. Como se não bastasse ser amante do homem mais poderoso do mundo, a personagem também possui uma família muito complicada. Seu pai é o comandante da maior organização secreta e do mundo – B613 – e sua mãe, que era até então dada como morta, é a terrorista mais temida da América. Impressionante, mas tudo gira em torno de Olivia Pope.
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Centrada na trama familiar, a terceira temporada explorou a vida pessoal da personagem. Seu pai, Rowan Pope, obteve grande espaço e foi responsável por um satisfatório desfecho. Ninguém imaginava que ele seria capaz de matar o filho de Fitz para reconquistar o poder supremo da B613. Aliás, o arco que evolveu a organização foi decepcionante. Anteriormente, ela foi responsável por boas histórias paralelas, principalmente, sobre o passado de Huck. Neste ano, tudo não passou de uma disputa de poder banal entre Fitz, Jake e Rowan. E Olivia, mais uma vez, com seus superpoderes ganhou a batalha ao destruir a organização para o bem do mundo.
Os gladiadores também não obtiveram bom espaço na trama. A história de amor entre Abby e David virou um romance morno e sem grandes emoções. Houve uma tentativa de destacar Harrison e seu caso com uma mulher perigosa, mas o resultado não foi satisfatório. Como sempre, Huck (Guillermo Diaz) ganhou as melhores cenas, desde a tortura de Quinn até o retorno para sua família.
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Shonda Rhimes cometeu grandes deslizes ao longo dos 18 episódios, mas o desfecho foi bem conduzido. Olivia, pela primeira vez, optou por sua felicidade ao abandonar Washington e viajar com Jake. Poucos apostaram que ela seria capaz de abandonar Fitz em uma situação emocional tão frágil. A série tem grandes chances de retornar com boas surpresas, caso haja uma mudança no comportamento da protagonista. Rhimes só precisa usar um pouco de bom senso e de limite em sua grandiosa imaginação.