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Um Limite Entre Nós, que estreia em 2 de março nos cinema brasileiros, tem como premissa contar a dura trajetória de Troy Maxson (Denzel Washington): um catador de lixo que sonhava com o estrelato nos campos de beisebol, mas teve que sacrificar seus sonhos. Afinal, a década de 1950 presenciou momentos de grande intolerância racial e poucas oportunidades eram concedidas aos negros.

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Longe de ser um patriarca ideal, Troy é casado com um Rose (Viola Davis), com quem divide a criação do filho adolescente, Cory (Jovan Adepo), e os cuidados do irmão com problemas mentais. Já nos primeiros minutos do longa-metragem, o telespectador percebe que a narrativa se baseia nos diálogos profundos e complexos, com poucas mudanças de cenário – assim como no texto original, criado como uma peça de teatro. Assim, a relação entre Troy e Rose é destrinchada lentamente no próprio interior do lar do casal, na periferia de Pittsburgh.

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Afogado em uma vida de amargor, o protagonista assume uma posição ditatorial dentro de casa e não se arrepende de destruir o sonho do filho que concorre a uma bolsa de futebol americano e de revelar a traição à esposa. E não demora para que a felicidade apresentada no início da saga vá perdendo o seu vigor e mostrando quem é na realidade Troy.

Um Limite Entre Nós corou Viola Davis com um Oscar de melhor atriz coadjuvante. A atuação de Denzel é também excepcional, talvez uma das melhores de sua carreira. Aliás, a parceria não é inédita: a dupla já viveu esta história, assinada pelo americano August Wilson, nos palcos da Broadway.

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No mais, o filme faz jus a sua percussora, ao levar a mensagem que nem toda a redenção é possível e que o amor pode unir pessoas – e também separá-las.

 

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