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Filme tem direção de Christopher Nolan e elenco invejável

Até onde a humanidade é capaz de ir em defesa de um propósito? Temos o direito de escolher quem morre ou vive? De quem é o poder uma arma de destruição em massa que pode aniquilar toda a vida como conhecemos? Qual é o limite da ciência? Esses são alguns dilemas morais presentes no filme Oppenheimer, protagonizado por Cillian Murphy (Peaky Blinders).

A trama tem como foco criação de Christopher Nolan conta a história das bombas atômicas criadas por J. Robert Oppenheimer. O roteiro trama é centrada no físico teórico que serviu como chefe do Laboratório de Los Alamos durante a Segunda Guerra Mundial, o mesmo laboratório que participou do Projeto Manhattan para desenvolver as primeiras armas de destruição em massa.

O roteiro é baseado no livro vencedor do Pulitzer, American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer, de Kai Bird. E já digo aqui: a produção é uma forte candidata ao Oscar.

O longa-metragem apresenta o personagem no início de sua carreira como físico teórico, enquanto explorava movimentos políticos como o comunismo. Em seus estudos como professor universitário, Oppenheimer destaca-se com um gênio de sua geração, em um momento político conturbado. Hilter avançava na guerra e o cientista via a morte da comunidade judaica sem poder fazer nada. É neste contexto que ele é recrutado para comandar um projeto secreto do governo americano, o Manhattan Project, que reuniu uma equipe de mentes brilhantes para realizar uma tarefa de proporções épicas.

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Sob o comando de Leslie Groves (Matt Damon), os cientistas passam anos desenvolvendo o que seria a bomba atômica, uma tecnologia nunca antes criada, e ao mesmo tempo sonhada pelos alemães e os russos. No cenário político, quem detivesse tal arsenal poderia acabar com a guerra, mas também ser um potência mundial a ser temida.

Oppenheimer teve um relacionamento profissional, ao longo dos anos, com Albert Einstein. Longe de sua pátria, o físico teórico alemão, que desenvolveu a teoria da relatividade geral, um dos pilares da física moderna ao lado da mecânica quântica, está agora recluso e, de certa forma, desiludido com a humanidade. Ele é uma bússola moral para o protagonista, que ainda não vê o potencial terrível que sua criação pode alcançar.

Pai da bomba atômica

Em julho de 1945, Trinity foi o primeiro teste bem-sucedido da bomba atômica. No mesmo ano, o governo americano lança a sua nova criação em Hiroshima e Nagasaki, levando ao fim da Segunda Guerra Mundial e também há mais de 100 mil pessoas a morte. O resultado foi devastador e iniciou uma corrida armamentista em todo o planeta, o que levou a Guerra Fria.

Mesmo com a sua dificuldade em cortar cenas, Christopher Nolan consegue prender a atenção do público em três horas de exibição. Diferente de Batman, sua recente criação, a jornada de Oppenheimer não é só, mesmo que interessante e complexa, vários nomes estiveram envolvidos na criação do artefato, mesmo com opositores da comunidade científica. Ele pode ser conhecido pelo pai da bomba atômica, mas com certeza não é o único responsável por ela.

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Eticamente, o filme abre discussões pertinentes sobre o futuro da humanidade. O momento, com a guerra da Ucrânia e com Putin ameaçando recorrer às suas armas de energia nuclear, nunca foi tão pertinente. Após a fama, Oppenheimer desenvolve um senso moral que o não impediu de terminar o projeto. Chega a dizer que ao presidente americano da época, Roosevelt, que não consegue continuar com o desenvolvimento da Bomba H, pois tem sangue em suas mãos.

Mas, assim como uma novela (e como o telespectador irá descobrir), a perseguição e depois redenção do cientista não acontece pela opinião pública. Seu julgamento é realizado por motivos pessoais e vingativos. Einstein é claro em dizer ao amigo que ele será condenado para, depois, ser considerado. No entanto, não pelos seus méritos, mas sim por interesse. E é exatamente o que acontece.

O elenco conta com Florence Pugh, como uma namorada de Oppenheimer, e Emily Blunt como sua esposa Kitty. Há também a participação de Robert Downey Jr., Rami Malek, Benny Safdie, Josh Hartnett, Dane DeHaan, Jack Quaid, Matthew Modine, Alden Ehrenreich, David Krumholtz, Michael Angarano e Kenneth Branagh.

No mais, o filme é mais uma obra essencial e necessário. Por mais que, Oppenheimer seja retrato até de uma maneira heróica, inocente de suas responsabilidades, a trama é um relato importante de nossa própria jornada como humanidade. Afinal, como disse uma vez o filósofo Edmund Burke: “Um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la.”

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A estreia está marcada para 20 de julho de 2023 nos cinemas.

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