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Timothée Chalamet e Zendaya protagonizam história de ficção científica

Duna é uma adaptação ao romance de Frank Herbert. A história já havia chegado anos cinemas com David Lynch, em 1984, mas foi coma nova versão que conquistou novos públicos.

A trama de ficção científica, que beira a fantasia, agrada aos fãs de superproduções com grandes conspirações e jogos pelo poder. Assim como Game of Thrones, há um trono, ou melhor, um Imperador, que deve ter combatido. Assim como O Senhor dos Anéis, há uma magia e um salvador que promete mudar o futuro de um país, Arrakis, e de seu universo.

Acrescente à mistura um elenco queridinho pelo público e extremamente talentoso: Timothée Chalamet, Florence Pugh, Austin Butler e Zendaya. Além, é claro, de uma fotografia de cair o queixo que somente a tecnologia moderna pode criar. Pronto: você tem a receita para o sucesso.

Confesso, que o primeiro filme da saga, pareceu-me tedioso. Tirando a cena de golpe e assassinato no início da trama, somente os temidos vermes de areia movimentaram o restante da história. No mais, ele teve como missão apresentar o herói ao público, Paul Atreides (Timothée Chalamet), cuja a família é dizimada brutalmente, e os rebeldes Fremen, que tentam proteger o seu planeta e suas riquezas dos invasores. Chani, papel de Zendaya, e par romântico do protagonista, tem poucos minutos de dela.

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Duna 2 consegue mudar esse ritmo lento em quase três horas de filme. É claro que de tempos e tempos o espectador sentirá o passar do relógio, como em todas produções de longa duração. No entanto, cada minuto aqui é precioso. Vemos finalmente Paul assumir o seu destino e ser considerado agora um integrante dos Fremen. Mais do que vingança, o que move o personagem é um sentimento de justiça e lealdade ao povo que o acolheu.

O tabuleiro de xadrez vai ganhando forma com o passar das cenas. Enquanto Jessica (Rebecca Ferguson), ainda grávida, assume o papel de “Mãe Superior” e se encarrega de manter a profecia no seu curso, o Barão Vladimir e seus familiares tentam usurpar o poder, inclusive do Imperador (Christopher Walken). Há muitas cenas sangrentas de luta, mas também momentos místicos e poéticos de autodescoberta entre Paul e Chani.

Somos também apresentados à personagem de Florence Pugh, a princesa Irulan Corrino, que terá papel fundamental na luta dos sobreviventes do planeta Caladan. Ela terá um papel fundamental na terceira parte da franquia.

Sem falar na presença de Austin Butler, no papel do psicopata e inimigo de nosso herói, Feyd-Rautha. Diferente da primeira parte da história, a continuação parece finalmente mostrar a que veio. Histórias de origem são complicadas de se desenvolverem aos olhos do público e, com os principais nomes apresentados, fica muito mais fácil conquistar a empatia de quem assiste.

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Outro ponto alto é a guinada de Paul, que assume, mesmo que à revelia, o seu papel como o salvador prometido. Ele não gosta do título, no entanto tem que usá-lo para alcançar o seu objetivo, mesmo que abra mão do que mais ama.

Duna 2 promete e cumpre: é uma jornada do herói, com cenas de tirar o fôlego e com uma evolvente disputada pelo poder. Confie em mim, vale a pena passar as três horas no cinema.

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