Com acontecimentos decisivos e uma temporada mais sombria, Game of Thrones causou grande ansiedade em seus telespectadores. Responsável por relatar os capítulos da segunda parte do livro A Tormenta de Espadas (escrito por George R. R. Martin), o quarto ano trouxe momentos memoráveis. E o resultado não poderia ser melhor: a audiência cresceu a cada episódio, o que rendeu o título do seriado mais assistido da HBO desde a Família Soprano (1999-2007).
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Depois do trágico casamento vermelho, os telespectadores conseguiram se deleitar com a festa do matrimônio de Joffrey. Nada melhor do que ver o sádico rei morrer instantaneamente com uma boa dose de veneno. E o evento também trouxe uma reviravolta necessária na vida de Tyrion Lannister (Peter Dinklage), o que propiciou ao personagem, mais uma vez, uma excelente evolução na trama.
Claro que não foi a primeira vez que o anão esteve em uma situação de perigo eminente, mas essa foi a única vez em que ele foi obrigado a enfrentar seu maior inimigo: a sua ambiciosa família. Finalmente, os diálogos ameaçadores resultaram em um ato de vingança que pode ser considerados heróico. A crueldade do mundo foi tão implacável com Tyrion que ele conseguiu ter a coragem necessária para matar sua amada Shae e seu pai Tywin (Charles Dance).
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No arco narrativo de King’s Landing, também vale ressaltar a boa atuação de Pedro Pascal como Oberyn Martell. O personagem irônico e perspicaz, sem dúvida alguma, merecia ter sobrevivido mais temporadas de Game of Thrones. Porém, a sua chocante morte no duelo com Montanha será muito relembrada pelo público.
Mais uma vez, Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) foi a responsável por protagonizar cenas grandiosas na conquista dos territórios das Cidades Livres. O mais interessante foi acompanhar a constatação da jovem ao perceber a importância de ser uma boa governante. Não basta somente possuir diversos territórios, mas é preciso também prezar por uma boa imagem de rainha. E o preço pago para proteger seu povo lhe custou a obrigação de aprisionar seus dragões.
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Saga igualmente satisfatória foi a de Jon Snow (Kit Harington) no Castelo Negro. A responsabilidade de ser um Patrulheiro da Noite fez com que o herói tivesse determinação para liderar seus companheiros, no excelente episódio, The Watchers on the Wall, e também muita dignidade para enterrar a selvagem Ygritte. Agora, resta saber como Snow irá se comportar diante do poder que lhe será oferecido por Stannis Baratheon.
Os dez episódios geraram uma certa insatisfação nos fãs mais acalorados da série. Tudo por conta da falta de alguns detalhes do livro e também pela adição de cenas que não constavam na obra literária. Foi caso da aparição dos White Walkers no capítulo Oathkeeper e da ausência de Lady Stoneheart no desfecho. Entretanto, ambos os casos não afetaram resultado da série. Até agora.
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Vale lembrar que a atração é uma adaptação e algumas decisões são tomadas por conta da separação de temporadas feitas pela emissora. Mesmo assim, o público, mais exigente a cada ano, espera que o programa continue sendo fiel à saga As Crônicas de Gelo e Fogo. Afinal de contas, foi por essa razão que Martin insistiu em não vender os direitos autorais para a indústria cinematográfica.