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Filme é protagonizado por Wagner Moura e Kirsten Dunst

Em um futuro não muito distante, há uma guerra interna nos Estados Unidos. Bombas são disparadas, tiroteios acontecem a cada segundo em toda parte do país, enquanto pessoas lutam por um gole de água em uma Nova York destruída e abandonada. Ao mesmo tempo, o presidente tenta colocar entusiasmo em sua fala para um discurso na TV em que afirma: “Será a maior vitória da história da humanidade”. O inimigo? Uma facção rebelde separatista conhecida como Frente Ocidental que se aproxima de Washington, D.C. Essa é a trama de Guerra Civil.

O diretor britânico Alex Garland escolhe mostrar o conflito por um ângulo pouco visto no cinema até então. Desta vez, os protagonistas não são comandantes, tropas ou soldados. O filme apresenta a realidade dos jornalistas e fotógrafos que escolhem cobrir conflitos para deixar registrado na História o que poder e a ganância são capazes de fazer com a humanidade. As cenas de batalha são cruéis e desumanas, intercalando grandes explosões seguidas de um silêncio incômodo.

Kirsten Dunst interpreta uma renomada fotógrafa de linha de frente chamada Lee Smith. Após décadas cobrindo guerras, ela está exausta e revive todas as atrocidades que já foi capaz de presenciar nas lentes de sua câmera todas as noites antes de dormir. Ao seu lado está Joel – interpretado por Wagner Moura – um jornalista que gosta da adrenalina dos combates e tem esperança que seu trabalho faça alguma promova alguma diferença nos EUA. A dupla parte para uma jornada de carro com a missão de entrevistar o presidente (Nick Offerman), percorrendo territórios em que soldados e civis radicais abominam suas presenças.

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A situação ganha novos ares quando Joe autoriza que uma fotógrafa novata os acompanhe, deixando para Lee o papel de ensinar Jessie (Cailee Spaeny) sobre como atuar com ética e profissionalismo ao clicar conflitos e ver a morte de perto. A garota passa por situações em que precisa ter muita frieza para capturar uma imagem, sem fazer julgamentos ou salvar pessoas: “Esse não é o nosso papel”, afirma Lee.

Guerra Civil apresenta um retrato da polarização política que diversos países estão lidando no momento, incluindo os EUA, Brasil e o Oriente Médio. O longa-metragem mostra claramente como o ódio e o repúdio são instaurados de ambos os lados, em que uma negociação ou um convívio se tornam praticamente impossíveis. Garland foi perspicaz ao não discutir as ideologias políticas, mas mostrar como elas afetam diretamente as atitudes de todos os envolvidos, desde soldados intransigentes, revolucionários, imprensa e até mesmo as pessoas que fingem que nada existe.

Enquanto Jessie lida com a adrenalina de fazer o trabalho que sempre sonhou, Lee questiona porque após realizar tantas fotos brutais da guerra, a sociedade ignora as consequências e continua tendo os mesmos comportamentos agressivos.

Na teoria, os registros históricos servem para que lições sejam aprendidas e nunca mais repetidas. Mas todos nós sabemos que isso nem sempre funciona na realidade. Talvez, essa seja uma boa reflexão para você realizar após assistir ao filme.

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