Série estreia no catálogo do Apple TV+
Monarch – Legado de Monstros é um grande passo para expandir as narrativas do Monsterverse. Depois de inúmeros filmes de Godzilla e outras criaturas chegarem aos cinemas, a série agora tem como foco as consequências deixadas dos ataques nas vidas da população mundial. Além de ser uma aventura pelo passado e presente da organização secreta.
A trama é ambientada após a impactante batalha entre Godzilla e os Titãs, que deixou São Francisco em ruínas. Conhecemos então jornada de dois irmãos, Cate (Anna Sawai) e Kentaro (Ren Watabe) que, em meio a todas as adversidades e um mundo destruído pela revelação que não estamos sozinhos, buscam descobrir um grande segredo do pai desaparecido.
Junto com a hacker May, eles desvendam os mistérios que ligam sua família à organização secreta conhecida como Monarch. Pistas os conduzem ao intrigante mundo dos monstros, com o oficial do exército Lee Shaw (interpretado por Kurt Russell no presente e Wyatt Russell, em flashbacks) sendo peça-chave em duas épocas distintas: nos anos 1950 e meio século depois, quando a Monarch enfrenta uma ameaça iminente.
Resumo de Godzilla, King Kong e o Monsterverse
Diferente dos filmes, a história de Monarch – Legado de Monstros concentra-se mais no drama dos personagens principais do que em si nos monstros. É claro que eles são abordados na trama (e não daremos spoilers aqui), mas o que prende o personagem no enredo até o fim são as descobertas escondidas dos passado e mantidas em segredo por anos, que podem mudar todo o rumo do que conhecemos até agora.
Dito isso, é gratificante acompanhar as duas jornadas distintas que são entrelaçadas a cada episódio da temporada. O Pop Séries já assistiu aos oito episódios dos dez que serão lançados, semanalmente, pelo Apple TV+.
Confesso que achei a narrativa desenvolvida por Chris Black (Ruptura, Star Trek: Enterprise) e Matt Fraction (Hawkeye) bem mais complexa e interessante do que suas antecessoras. É claro que o formato de seriado ajuda com o aprofundamento da história dos personagens, mas também a escolha por focar em um drama familiar, permeado por mistérios, consegue prender a atenção daqueles que não são tão fãs do gênero.
Outro ponto alto é a dubiedade dos personagens, nem tudo é preto no branco, e perspectivas podem – e serão – mudadas ao longo da trama. E não é isso que faz um bom entretenimento? – além dos monstros, é claro.