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História real gerou um conflito de mais de duas décadas

Uma série brasileira promete contar ao público um dos conflitos mais longos e sangrentos do Brasil. A produção do Globoplay, O Jogo que Mudou a História, é ambientada no Rio de Janeiro, nas 1970 e 1980, e mostra o crescente comércio de entorpecentes, o surgimento de grandes líderes do crime organizado, o fortalecimento das facções e a intensa guerra às drogas que surgiu logo em seguida.

A ideia é contar a história do crime organizado no país a partir da chegada de dois novatos ao Presídio de Ilha Grande: Egídio (Ravel Andrade) um jovem sem histórico criminoso ou de militância política que é preso depois de atropelar a filha de um general, e Jesus Pedra (Raphael Logam), um novo carcereiro que nem imagina o que lhe aguarda no local. Ao mesmo tempo, uma partita de futebol muda por completo as fictícias favelas Padre Nosso, Parada Geral e Morro da Promessa. Ao longo de 10 episódios, as tramas se entrelaçam em uma guerra que durou mais duas décadas no Brasil.

“Essa guerra acabou 25 anos depois quando uma facção tomou a outra. E até hoje, a facção que tomou, foi o Terceiro Comando, continua dominando o território. O que me orgulha muito de O Jogo que Mudou a História é que a série tem 12 protagonistas e 70% do nosso elenco é preto. Nós gravamos em várias favelas, todas favelas reais. A gente não gravou em estúdio. É importante colocar também que essa trilha sonora uma trilha sonora feita de uma maneira muito customizada. Geralmente, quando a gente vê filme, vê séries nos anos 70, 80, as trilhas sonoras são muito parecidas, as nossas não são. A nossa tem uma predominância muito grande de samba, de samba rock, do Miami Bass, que é propriamente conhecido como funk aqui no Rio de Janeiro. Claro, tem MPB também, tem samba rock, mas tem uma pegada muito preta e muito nordestina também”, comentou o criador José Junior.

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Ele também ressaltou a importância da organização AfroReggae durante as gravações do seriado: “Talvez seja o único grupo cultural e a própria produtora, que entra em qualquer favela do Rio de Janeiro sem ter nenhum tipo de restrição. E por que a gente consegue fazer isso? Porque ninguém tirou mais pessoas do narcotráfico do que o AfroReggae.”

A história também foi gravada em unidades prisionais em funcionamento e o elenco comentou como foi a experiência de trabalhar nas locações reais, como o presídio de segurança máxima Bangu 1 e complexo penitenciário Frei Caneca, um prédio que começou a ser erguido em 1850 no Centro do Rio e encontra-se desativado. “Então a gente filmou dentro desses lugares para mostrar para as pessoas esse contraste da vida das pessoas que moram em favela, em comunidade, e quando elas são presas, para mostrar o lugar que elas são presas, as condições que elas estão presas. E a cadeia é daquele jeito mesmo. Tomara que as pessoas abram os olhares e se preocupem pouco com as condições, com a condição carcerária do Brasil”, comentou Ravel.

O elenco também falou sobre os seus personagens e como eles são compilados ou inspirações de nomes verdadeiros envolvidos no conflitou. “A gente mergulhou em muitas histórias para contar essas histórias. Então, são fios de muitas realidades diferentes. Inclusive, ela [Irmã Emily] é inspirada na Irmã Dorothy, que definitivamente virou uma das grandes inspirações”, revelou a atriz Alli Willow.

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Trailer

O Jogo que Mudou a História já está disponível no Globoplay e conta com um elenco renomado: Jonathan Azevedo, Jailson Silva, Bukassa Kabengele, Romulo Braga, Babu Santana e Alli Willow.

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