A série da Netflix, Dark, criou várias teorias na cabeça dos fãs – e nem todos os mistérios foram explicados ao final da 3ª temporada. Você sabe o que é o termo Sic Mundus Creatus Est?
O que conta a série Dark?
A série alemã da Netflix não se encaixa perfeitamente em nenhum modelo já criado, mas com certeza é intrigante.
A trama gira em torno do caso de um garoto desaparecido na cidade fictícia de Winden, que some sem deixar rastros. O motivo? Ele viajou no tempo, ao passado. Mas duas forças ocultas estão tentando controlar o destino da humanidade, que pode terminar com uma mortal explosão radioativa.
A viagem no tempo ocorre em intervalos de 33 anos, o que cria uma conexão curiosa com o passado, presente e futuro da pequena cidade. Em particular, os espectadores conhecem as versões jovem, de meia-idade e mais velha dos mesmos personagens que vêm de algumas famílias importantes.
O protagonista Jonas Kahnwald (Louis Hofmann) é quem caminha por todo esse conflito ao longo da série: um jovem com uma genealogia complexa e contaminada pela viagem no tempo. Ao longo da trama, conhecemos três versões do personagem – a do presente e duas do futuro, sendo uma delas conhecida como Adam, que defende o apocalipse.
O legal da série é acompanhar a transformação de Jonas e se ele será capaz de impedir o destino que lhe é imposto, onde o inimigo é ele próprio, com uma complexa lista de árvores genealógicas a se descobrir. E viagem no tempo acaba criando realidades paralelas em Dark.
Os segredos familiares de Jonas são apresentados logo na primeira temporada de Dark, por meio das linhas do tempo, mas o público somente tem a compreensão do todo ao final da série de ficção científica.
Estrutura temporal e personagens
A narrativa de Dark é estruturada em ciclos de 33 anos, explorando eventos em 1953, 1986 e 2019, entre outros períodos. Essa periodicidade está ligada ao ciclo solar, que se repete a cada 33 anos, influenciando fenômenos como as viagens no tempo na série. Os personagens principais são apresentados em diferentes fases de suas vidas, permitindo ao espectador acompanhar suas evoluções e compreender como suas ações em um período afetam os outros.
Por exemplo, Jonas Kahnwald, interpretado por Louis Hofmann, é o protagonista cuja jornada pessoal revela-se central para o desenrolar dos eventos. Ao longo da série, descobrimos que Jonas assume diferentes identidades em várias linhas temporais, incluindo a figura enigmática de Adam, líder da sociedade secreta Sic Mundus Creatus Est.
A partir da segunda temporada, Dark introduz o conceito de realidades paralelas, ampliando ainda mais sua complexidade. Essas diferentes dimensões estão interconectadas, e as ações em uma realidade podem ter repercussões significativas em outra. A série explora temas como determinismo, livre-arbítrio e a natureza cíclica do tempo, desafiando o espectador a refletir sobre as consequências das escolhas individuais e coletivas.
O que significa Sic Mundus Creatus Est?
É uma sociedade secreta de viajantes do tempo, criada na cidade em 1921. O nome é uma referência a uma citação da Tábua de Esmeralda – texto antigo que fala sobre a partícula de criação do universo: “Sic Mundus Creatus Est – Assim o mundo foi criado”. O grupo secreto é comandando por Adam (a versão maquiavélica e adulta do protagonista da série, Jonas) que quer preservar o apocalipse e o fim de sua realidade, quebrando assim o último ciclo.
Eles são oponentes de Jonas Kahnwald e Claudia Tiedemann em uma guerra pelo controle da viagem no tempo. Outros integrantes são: Noah, Agnes, Bartosz, Magnus e Franziska.
A organização busca controlar o fluxo temporal e moldar o destino da humanidade, acreditando que o apocalipse é inevitável e necessário para a criação de um novo mundo. A referência à Tábua de Esmeralda, um texto hermético que aborda os segredos do universo, reforça os temas esotéricos e filosóficos presentes na trama.