Constamos o que aconteceu em cada filme da saga da Terra Média
Sem sombra de dúvidas, O Senhor dos Anéis é umas das franquias de maior sucesso tanto na literatura quanto no cinema. O mundo criado por J. R. R. Tolkien, em 1937, continua encantando milhares de pessoas ao redor do mundo.
A inspiração veio quando Tolkien era professor universitário e, enquanto corrigia uma prova, a icônica frase “numa toca no chão vivia um hobbit” invadiu sua mente sem muita explicação. Sem entender o que aquela frase queria dizer ele apenas a anotou.
Mal sabia ele que esse era o começo de uma das mais fantásticas histórias já criadas.: O Hobbit.
Um mundo complexo foi sendo construído, com personagens, clãs e interações sociais muito bem entrelaçadas. Após O Hobbit (1937), o autor criou A Sociedade do Anel (1954), As Duas Torres (1954) e O Retorno do Rei (1955).
A Terra Média criada por Tolkien é um mundo misterioso, permeado por seres mitológicos como elfos, magos, hobbits, humanos, dragões, orcs e trolls. Com paisagens exóticas que são um deleite para os sentidos, esse universo é tão bem descrito na literatura que até parece real, hipnotizando leitores por todo mundo. Aliás, até mesmo idiomas foram criados na história: o sindarin e o quenya, línguas completas com uma gramática única.
Ao longo da história Tolkien cita 12 línguas, mas não há muitos detalhes sobre elas. Com a história ganhando popularidade, a adaptação para o cinema foi uma trajetória natural.
Assista aos filmes da franquia O Senhor dos Anéis
A saga foi gravada de forma contínua e ao mesmo tempo. Com isso, os atores tiveram uma imersão completa no universo criado por Tolkien.
Confira um resumo, na ordem, com os principais fatos e curiosidades da franquia O Senhor dos Anéis.
O Senhor dos Anéis: A Sociedade Do Anel
O primeiro filme da saga, lançado em 2001. Com um elenco de peso, fotografia impecável, figurino e efeitos especiais beirando à perfeição, o longa-metragem foi um sucesso.
Inicialmente somos apresentados aos três reinos da Terra Média: dos elfos, dos humanos e dos anões, que fazem uma aliança tendo os anéis de poder como simbolismo. No Condado, o hobbit Frodo (Elijah Wood) acaba de atingir a maioridade entre os hobbits, de 33 anos, e recebe do seu tio “Bilbo, o Bolseiro” (Ian Holm) uma herança carregada com uma forte missão: proteger um item de grande poder.
Na saga, os hobbits são descritos como criaturas pequenas, simples e que gostam de aproveitar a vida e festejar. Apesar de seu lado alegre, eles são muito honestos e quase incorruptíveis. O anel recebido por Frodo é envolto em uma magia sombria que influencia quem convive com ele de forma muito negativa. Porém, essa poderosa e nefasta energia parece não o afetar, que consegue mantê-lo em sua posse.
“Gandalf, o Cinzento” (Ian McKellen), um mago dotado de grandes poderes, conta a Frodo que o anel pertenceu a Sauron, um ser maligno e destrutivo. Mas o jovem hobbit não está sozinho em sua jornada para destruir o objeto. Forma-se a Sociedade do Anel para sua proteção, composta por um elfo, um mago, um anão, dois humanos e outros hobbits.
Os hobbits que integram a sociedade juntamente com Frodo são Pippin (Billy Boyd), Sam Gangee (Sean Astin) e Merry (Dominic Monaghan). O elfo Legolas (Orlando Bloom), o anão Gimli (John Rhys-davies) e os humanos Boromir (Sean Bean) e Aragon (Viggo Mortensen) também participam da comitiva heróica que busca impedir que o mal domine a Terra Média. O objetivo é chegar à Montanha da Perdição e lançar o anel em seu fogo, sendo essa a única maneira de destruí-lo completamente.
Muitas aventuras e seres apavorantes transformam a missão em algo quase impossível. Sem dar muitos spoilers, um dos membros da Sociedade do Anel morre ao enfrentar uma entidade maligna (Balrog). Após a perda, diversos acontecimentos levam à separação momentânea do grupo de heróis.
Frodo e Sam seguem em direção à Montanha da Perdição e, assim, termina o primeiro filme.
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres
Depois de um final arrebatadoramente abrupto do primeiro filme, a saga segue ainda mais dramática e cativante. O Senhor dos Anéis: As Duas Torres, lançado em 2002, tem mais ação e múltiplos conflitos.
A sociedade está dividida e três dramas se abrem para os espectadores. Frodo e Sam continuam sua perigosa e sombria missão em busca da Montanha da Perdição, contando com a companhia de Gollum, também conhecido como Sméagol.
Ao mesmo tempo, os hobbits Merry e Pippin são sequestrados por um assustador bando de orcs e resgatados por Barbárvore, uma figura mitológica que se revelará essencial para o destino da história.
Enquanto isso, Aragorn, Legolas e Gimli tentam defender o reino de Rohan dos orcs e unir os homens. E se não bastasse tantos dramas, temos a volta majestosa de Gandalf, ainda mais forte e mais sábio.
Dentre tantos seres maravilhosos e assustadores, o personagem que mais chamou a atenção do público foi o Sméagol. A qualidade dos efeitos especiais utilizados para a sua criação, com expressões extremamente realísticas cativaram. Fica difícil distinguir o que é real e o que é criado graficamente, tamanho a qualidade do filme. É uma imersão forte e detalhista.
Aqui a lealdade entre os personagens é testada ao máximo, as forças malignas investem pesado para dissimular a todos – e as perdas são inevitáveis. Obviamente, o final não decepciona.
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
Enfim chegamos ao tão esperado clímax no destino da Terra Média, o confronto final! O Retorno do Rei continua exatamente de onde As Duas Torres terminou. Gandalf, Legolas, Gimli e Aragorn estão em Rohan e encontram um artefato místico (Pallandír) que revela os malignos planos de Sauron: ele quer o anel para si e pretende dominar a todos!
Gandalf será o responsável por liderar as forças contra o inimigo, já que o regente de Gondor, Denethor (John Noble), sucumbe à loucura após a morte de seu filho. Enquanto isso, Gollum, Frodo e Sam continuam a terrível tarefa de destruir o anel e chegam até Mordor, domínio do maligno Sauron.
As histórias são tão bem construídas que conseguimos distinguir as tramas paralelas e enxergar sua importância no contexto geral. Os dramas e provações se ligam de forma coesa, fazendo com que cada batalha, o sofrimento e a perda seja um elo imprescindível para o desenrolar da trama.
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei quebra o estereótipo de trilogias, onde o último filme sempre deixa a desejar. Nesse caso ele é a cereja do bolo, o desfecho mais que perfeito para uma história original.
O Hobbit
O Hobbit foi o primeiro livro criado por Tolkien em 1937. Com uma série de três filmes lançados – O Hobbit: Uma jornada Inesperada (2012), O Hobbit: A Desolação do Smaug (2013) e O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos (2014) – somos apresentados a todo o universo da saga, aos seres mitológicos e suas características bem como à Terra Média. Uma descrição impecável e minuciosa desse fascinante mundo.
Aqui vemos com mais detalhes a história de “Bilbo, o Bolseiro” que, juntamente com Gandalf e o bando de Thorin Escudo de Carvalho, tentam reaver a cidade Erebor. Os três filmes trazem toda a dinâmica que nos leva, anos depois, até O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel.
A vida dos hobbits e seus hábitos pacatos são detalhados com uma tamanha riqueza que chegamos a nos esquecer que essa é uma história de ficção.
Vale destacar que o livro O Hobbit não é uma trilogia. Portanto, os filmes contêm todas as passagens literárias e histórias adicionais, para alegria dos fãs. No entanto, ele foi considerado por alguns críticos extremamente descritivo e um pouco cansativo.
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder
Aos apaixonados pelas aventuras da Terra Média, a estreia da série original O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, no Amazon Prime Video, reacende o encanto que nos fez amar cada livro escrito por Tolkien.
A trama é ambientada muitos anos antes dos fatos já conhecidos das histórias exploradas nos filmes dirigidos por Peter Jackson.
Somos apresentados a novos personagens e revemos antigos e importantes integrantes dessa história, como a elfa Galadriel.
A narrativa mostra uma era de paz e tranquilidade que muda com o ressurgimento do mal, com poderes místicos se revelando, reinos se fortalecendo e também sendo extintos. A série mostra a ascensão de Sauron ao poder, bem como a criação dos Anéis do Poder, que o Lorde das Trevas presenteou aos humanos, elfos e anões e o controlou secretamente com seu anel mestre.
Após perder o irmão na guerra contra o inimigo e seu exército, Galadriel (interpretada por Morfydd Clark) ainda desconfia, milhares de anos após a suposta derrota de Sauron, que ele não morreu. E pior: que tem um plano maligno em curso. Sem o apoio da comunidade élfica, ela terá que encontrar novos aliados na luta do bem contra o mal.
A produção também narra a queda de Númenor, a ilha de homens da qual Aragorn é descendente, o surgimento da Última Aliança dos Elfos e Homens, e uma batalha épica contra Sauron (retratada no prólogo de A Sociedade do Anel) que terminou com Isildur reivindicando o anel para si.
A primeira temporada já está disponível na plataforma de streaming.