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Não é nenhuma novidade que as emissoras americanas decidiram, há algum tempo, apostar em tramas protagonizadas por anti-heróis. Walter White (Breaking Bad), Dexter Morgan (Dexter) e Don Draper (Mad Men), ou até mesmo as personagens como Cersei Lannister (Game of Thrones), Emily Thorne (Revenge) conquistaram a fama e o carisma dos telespectadores. Em meio a essa grande tendência, como inovar na criação de um personagem complexo, que não pode ser descrito com um bom ou mau homem?

Ray Donovan estreia hoje no Brasil

Ray Donovan, interpretado por Liev Schreiber, consegue se encaixar no quesito. A grande promessa do canal Showtime para a midseason deste ano, Ray Donovan, conquistou grande audiência em sua primeira temporada. Grande parte deste prestígio deve-se ao bom elenco reunido e a construção de personagens extremamente realistas. A grande questão que envolve Ray Donovan é que o seriado mostra um homem cheio de traumas e pensamentos dúbios sobre a vida e o convívio em família.

De Breaking Bad a Dexter: a evolução do anti-herói

O protagonista é um homem que consegue resolver qualquer problema em Los Angeles. Atuando como um gestor de crise, ele não mede esforços para salvar celebridades e clientes de escândalos, assassinatos ou problemas com drogas. A mídia americana chegou a compará-lo com Olivia Pope, de Scandal, uma determinada mulher que consegue salvar a imagem de políticos em Washington. A semelhança está apenas na profissão. Ray não utiliza a intuição ou um código de ética em seu trabalho. Ele cumpre suas tarefas sem hesitação ou justificação. Apenas porque é o plano a ser cumprido.

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Ray (Liev Schreiber) e Mickey Donovan (John Voight): raiva mútua entre pai e filho

Ray (Liev Schreiber) e Mickey Donovan (John Voight): raiva mútua entre pai e filho

Entretanto, a família é sua grande fraqueza. No decorrer dos doze episódios, Ray enfrentou muitas dificuldades para solucionar os problemas de seus irmãos e do reaparecimento do pai. O ator John Voight atua brilhantemente no papel de Mickey Donovan, um homem que passou 20 anos na prisão por um crime que não cometeu. Detalhe: Ray o colocou na cadeia. Mesmo assim, Mickey não pode ser descrito como uma vítima. Canastrão e persuasivo, ele foi relapso na criação de seus filhos e não denunciou um padre por abuso sexual de suas crianças. O relacionamento entre Ray e Mickey é o ápice da atração. O filho nutre um ódio imperdoável por seu pai, capaz de encomendar sua morte, mas não corajoso o suficiente para cometer o crime com suas próprias mãos.

O poder da manipulação de House of Cards

Mickey também atua como um anti-herói secundário em busca de redenção. Ele chega a sofrer pelas consequências que o estupro causou em seu filho Bunchy (Dash Mihok), só que concorda em atuar com o FBI na prisão, ou possível morte do protagonista. Assim como na vida real, Ray Donovan mostra que nenhuma situação pode ser encarada com uma verdade absoluta.

A segunda temporada ainda promete mais drama, ódio e companheirismo dos integrantes da família Donovan. Apesar dos diversos dramas envolvidos, eles serão incapazes de optar pela separação. Ray, com certeza, tentará qualquer alternativa para conquistar a plenitude familiar. Mesmo que isso implique em uma nova tentativa de assassinato ao pai. Sorte do telespectador que irá acompanhar esses novos capítulos.

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Amanda Parra
Amanda Parra
10 anos atrás

Eu gosto de Ray Donovan, tem atores como Liev Schrieber primeiro, que tem um interpretacón maravilhoso. Estou muito animado a estréia do temporada 2, porque é muito bom

Amanda Parra
Amanda Parra
10 anos atrás

Eu gosto de Ray Donovan, tem atores como Liev Schrieber primeiro, que tem um interpretacón maravilhoso. Estou muito animado a estréia do temporada 2, porque é muito bom