O retorno de Moriarty ao mundo dos vivos promete alterar drasticamente a trama de Sherlock. Com a divulgação de um trailer sombrio, o elenco e produtores da série prometem mais ação e desafios para o detetive. “As dinâmicas e relações são testadas ao seu limite”, resumiu Benedict Cumberbatch.
Durante a Comic-Con 2016, o Pop Séries! conversou também com os atores Mark Gatiss (Mycroft Holmes), Amanda Abbington (Mary) e com os produtores Steven Moffat e Sue Vertue.
Confira, a seguir, os pontos principais do bate-papo.
Mrs. Hudson
A senhora que cuida com tanto zelo do bem-estar de Sherlock e Watson nunca teve a atenção devida nos livros de Conan Doyle, que deram origem à série de TV. A ideia é que a personagem cresça ainda mais na trama. “Demos a ela uma história maior do que qualquer outra versão. E, por conta da sua personalidade cativante, é sempre bom abrir a porta um pouco mais”, comentou Gatiss que também assina o roteiro do programa.
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Carinho dos fãs
Assim como os apaixonados por Doctor Who, os telespectadores de Sherlock são a grande razão pela qual a BBC continua a produzir o seriado na Inglaterra. Para Moffat, o próprio estilo de literatura que Doyle criou no século 19 contribuiu para aceitação da saga do detetive antissocial. “É tão legal, porque de alguma forma Conan Doyle inventou a televisão. As novelas serializadas ganharam a lealdade, são pequenas histórias que você pode parar onde quiser. Você pode investir nisso e retornar todo mês. Você pode ler a partir de qualquer capítulo. E isso criou os fãs”, analisou.
Modernizando Sherlock
Saiba de uma coisa: há muito de Benedict na criação de Sherlock. É o que explica o ator: “Não há ponto em ouvir a história de novo ou fazê-la ao menos que você traga algo especial, esta é a regra. Então você tem que trazer algo de especial a estes papéis”. Vale lembrar que Benedict também revive neste ano outro personagem clássico, agora dos quadrinhos, Doutor Estranho.
Além disso, para o ator, o próprio sucesso das obras de Conan contribui para deixar a história com um tom atemporal. “Os livros eram populares em qualquer lugar do mundo e ele é um autor muito conhecido, com um personagem famoso, e isso permite conectar ao século 21 e todas as gerações. É fenômeno que cruza as gerações. O seu charme estava em sua habilidade de contar histórias. O fascinante é que ele é um super-humano e não super-herói e o que ele faz está em trabalho duro e sacrifícios”, ponderou.
Mary e Watson
Agora que o segredo de Mary foi descoberto não há muito com que a personagem se preocupar, de acordo com Amanda Abbington. Na quarta temporada, haverá momentos em que os espectadores descobrirão mais sobre a sua trajetória. “Você saberá mais um pouco sobre ela e… eles vão ter um filho. Ela está aprendendo a maternidade enquanto assassina pessoas”, brincou.
Longevidade do show
Com as agendas lotadas dos protagonistas, Sherlock continuará investindo em uma temporada a cada um ou dois anos. Mesmo assim, os atores consideram o show e seus colegas de trabalho uma família e há um sentimento de carinho em relação ao seriado. “Não discutimos a próxima temporada enquanto estamos filmando a atual. Então nunca sabemos… Sabíamos da renovação somente da segunda para terceira”, comentou Vertue.
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A quarta temporada de Sherlock estreia em 2017.