Charlize Theron tem muito a dizer sobre a indústria do cinema. A atriz participou de uma painel especial da Comic-Con @Home em que falou da sua trajetória nos filmes de ação.
“Foi até Mad Max que aquela experiência, o que aconteceu com aquele filme [Æon Flux], realmente mudou a minha trajetória e me fez perceber que há muitas possibilidades aqui e você tem que achar as pessoas certas que estão dispostas a correr riscos e a explorar essas histórias com mulheres. E fiz uma escolha por procurar por esses cineastas, esses materiais e me desenvolver como uma produtora”, revelou durante a conversa.
Theron tem construído uma carreira sólida no gênero com o filme Atômica, em 2017, e The Old Guard (estreou recentemente na Netflix).
Atômica: Netflix desenvolve sequência do filme protagonizado por Charlize Theron
Mas, de acordo com a atriz, há ainda muitas barreiras para uma mulher que deseja se aventurar em filmes de ação, principalmente pela forma que são tratadas. “[Uma Saída de Mestre] foi uma boa oportunidade porque me mostrou como há ainda um equívoco sobre mulheres no gênero. E esse filme era muito baseado na ação com carros e tivemos que fazer fisicamente muitas coisas e a única coisa boa que veio disso é que tinha uma pressão muito grande para conseguirmos fazer as acrobacias.”
Em Atômica, Theron decidiu também assumir o papel de produtora no longa-metragem baseado nos quadrinhos e que contava a história de Lorraine Broughton, uma espiã do MI6, enviada para Berlim durante a Guerra Fria. “Queríamos fazer uma filmagem de grande duração, contínua, e foi a primeira vez que que tentamos. Logicamente você tinha que filmar sete a dez minutos continuamente, e sei que não parece muito, mas para um ator isso significa que você tem que fazer tudo certo. E é incrivelmente difícil de fazer, para quem não é um lutador profissional.”
Sobre as cenas de perseguição e ação de Mad Max: Estrada da Fúria (2015), a atriz revela que essa foi uma das experiências mais desgastantes de sua carreira – e também inesquecível. “Acho que nunca vou me recuperar do processo de fazer esse filme. Foi uma tremenda parceria que conseguimos e foi difícil de um jeito diferente de Atômica, no senso que o esforço era real e o George [Miller] queria que a equipe de dublês fizesse muito do trabalho, então muito do filme era real.”