Filme estreia em 3 de setembro no Amazon Prime Video
Revitalizar um clássico dos contos de fada, que já ganhou tantas adaptações ao longo dos anos, não é tarefa fácil. A ideia de Cinderela, filme que estreia nesta sexta-feira (3) no Amazon Prime Video, era modernizar a história tendo a cantora cubana Camila Cabello como protagonista. O resultado, no entanto, não convence.
Cinderela segue o conto que já conhecemos: uma garota que perdeu o pai é explorada pela madrastra e suas filhas até que sua sorte muda, com a ajuda de sua fada madrinha. Nesta versão, a personagem é mais independente e não procura a sua salvação nos braços de um príncipe (Nicholas Galitzine). Ela quer ter o seu próprio negócio de vestidos e investir em sua carreira, sem precisar de um título ou um homem para isso.
A madrastra, é claro, não concorda com a jovem. Acha que a única solução para uma vida confortável é um bom casamento. Uma pena que o talento de Idina Menzel, veterana dos palcos da Broadway, tenha sido tão mal aproveitado – ela teria sido uma vilã incrível ao invés de uma matriarca rasa e invejosa.
A escolhas das músicas que embalam a narrativa também não surpreendem, ainda mais com a trajetória pouco satisfatória da maior parte dos personagens, que conseguem entregar poucos momentos realmente interessantes ao longo do enredo. As coreografias também causam estranheza ao público, que parecem um grande espetáculo direcionado ao Tik Tok. É muito diferente, por exemplo, da experiência que você terá assistindo à Em um Bairro de Nova York.
No mais, Pierce Brosnan tem uma atuação esquecível – e até piegas – como o pai do príncipe, que deseja que seu filho cresça e assuma o trono a partir de um casamento arranjando. O papel de James Corden …. é decepcionante, com momentos constrangedores. O destaque mesmo fica para Billy Porter, uma fada madrinha autêntica e talentosa, que coloca Cinderela em seu devido caminho. A escolha do ator para o papel talvez tenha sido a decisão mais acertada de todo filme.
Confira o trailer: