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O Amazon Prime Video estreia a primeira temporada de El Cid nesta sexta-feira (15). A série épica espanhola que conta com uma megaprodução, acompanha a história real de um  dos heróis da História da Espanha.  

A trama acompanha a juventude de Rodrigo “Ruy” Diaz de Vivar , interpretado por Jaime Lorente (La Casa de Papel), quando ele se torna um fiel vassalo, cavaleiro da coroa. Pelo fato de ser ambientado no século XI, o programa mostra um período onde cristãos, árabes e judeus viveram juntos na Península Ibérica, enfrentando guerras e forjando alianças.

Assista ao trailer de El Cid 

O Pop Séries! conversou com Carlos Bardem e Alicia Sanz sobre a estreia da atração e os detalhes dos bastidores. O ator vive o Conde Léon, um homem temido que organiza um plano para derrubar o Rei. Já a atriz, interpreta como Urraca, uma princesa que briga por ter um lugar de poder num mundo dominado pelos homens. 

Acompanhe a entrevista abaixo: 

el cid 1 temporada

Urraca – Uma Princesa Destemida 

POP SÉRIES! – A Urraca é uma mulher muito forte e determinada, que busca um local de destaque na corte. Como é viver essa personagem em uma época em que as mulheres não tinham voz?

ALICIA SANZ – Essa foi minha maior motivação para participar da série, viver uma personagem de grande impacto principalmente para nova geração. Aprendi com esse programa que atrás de todo homem poderoso, havia uma mulher poderosa. Ela tem poder sobre seu irmão, é a mão direita de Alfonso, é sua consultora para todas as decisões. Urraca é inteligente e está a frente de seu tempo. É engraçado perceber que ela é uma mulher que pode ir para o lado da sombra. Porém, há também um lado humano, há sentimento e ela está buscando o seu lugar no mundo. 

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PS – Como você acredita que El Cid irá atrair o público mais jovem? 

AS – Bom, nós ainda temos problemas relacionados ao poder, jogos de manipulação e disputas. Isso não mudou muito desde a época medieval. O que mudou é maneira como resolvemos essas questões e como nos comunicamos. Acho que será curioso ver como aquelas pessoas se divertiam, como eles adoravam comer e como as festividades eram importantes. 

PS – O que é mais divertido e mais desafiador em atuar numa série épica que envolve uma grande produção? 

AS – Neste programa especificamente, o mais desafiador foi o frio. Filmamos no inverno e as cenas foram gravadas em castelos reais. Os rapazes tiveram muitas dificuldades em andar a cavalo com todos aqueles trajes pesados. Foi difícil também se adaptar ao tempo como as pessoas se moviam naquela época, muito mais devagar do que a nossa velocidade atual. A parte divertida foi aprender a montar a cavalo de lado, como as mulheres daquele tempo. Adorei os figurinos e os penteados, o meu era parecido com o da Princesa Leia [Star Wars] . Não havia maquiagem e achei isso muito curioso e divertido.

Conde de León – O vilão manipulador 

el cid 1 temporada

PS – Como é atuar numa série épica que retrata um período importante da história da Espanha? 

CARLOS BARDEM – Isso é um privilégio como ator e no meu caso que formado em História, foi uma jornada fascinante. O legal dessa série é que finalmente temos uma grande produção espanhola capaz de contar um período extremamente complexo. Acho que o público vai se sentir entrando em uma máquina do tempo, viajar para o século XVI, em localizações reais como Oriels, em castelos daquela época. Todos serão capazes de apreciar o nível de veracidade que há no programa. 

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PS – Para muitos atores, é sempre fascinante viver o papel de vilão? Como é a experiência de atuar como o Conde Leon? 

CB – Eu adoro, porque a trama exige que o herói supere os obstáculos e sou o homem que coloca todas essas barreiras. De forma, é divertido interpretar um homem ruim ou um assassino. Eu já interpretei muitos vilões e sempre acho engraçado pelo fato de ser um cara muito legal na vida real. Mas quando faço um vilão, tenho que entender quem é esse homem e não julgá-lo. É fascinante compreender isso aos 57 anos, que todos nos temos o melhor e o pior da humanidade dentro de nós. É uma grande diversão trazer esses bandidos à tona e brincar com eles.

PS – Apesar de El Cid ser baseado numa história real, você buscou referencias em algum personagem da ficção para interpretar o Conde? 

CB – Sempre começo a criar o personagem pensando em seu conflito e o Conde é como Maquiavel. Sempre tento construí-los em diversas camada. Ele faz propaganda dos seus jogos de poder, se sente confortável nas sombras e sussurrando. Além disso, estamos falando de um período movido muito rápido pelo poder. Sendo assim, o que eu logo identifiquei é que ele é totalmente movido pela ambição. 

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