Guerreiros do Sol é uma saga marcada por paixão, honra e justiça. Ambientada no sertão brasileiro, a história gira em torno de Rosa e Josué, dois sertanejos que, ao se apaixonarem, acabam se tornando um dos casais de cangaceiros mais famosos da realidade e também da ficção: Lampião e Maria Bonita.
A história começa quando Josué Alencar enfrenta o poderoso Coronel Elói Bandeira pela mão de Rosa. Humilhado por um homem mais pobre, Elói decide se vingar da família Alencar, provocando uma tragédia que muda o rumo de suas vidas.
Em busca de vingança, Josué se une aos irmãos Arduíno, Crispino (Milagre) e Sabiá e entra para o bando do temido cangaceiro Miguel Ignácio. Sua rápida ascensão dentro do grupo desperta o ciúme de Arduíno, que o trai. Expulso, o irmão mais velho se alia à polícia para capturar Josué, transformando o drama familiar em uma verdadeira guerra no sertão.
Com emboscadas, traições, rivalidades sangrentas e mulheres fortes, a novela mergulha na cultura do cangaço com intensidade e poesia. Criada por George Moura e Sérgio Goldenberg, com direção artística de Rogério Gomes, Guerreiros do Sol mistura ficção e fatos históricos em uma trama contemporânea, mesmo que no Brasil dos anos 1920 e 1930.
Um olhar feminino sobre o cangaço
Isadora Cruz, que interpreta Rosa, destacou ao Pop Séries a importância de contar a história sob a perspectiva de uma mulher: “É muito bonito ver uma história de guerra e violência sendo contada por uma mulher. Rosa narra com sensibilidade, comenta o que sente, o que pensa. É um olhar poético, com profundidade e delicadeza.”
Mesmo diante da brutalidade, sua personagem luta por paz. “Ela entra no cangaço tentando fugir da violência, como a própria Maria Bonita fazia na vida real”, completou.
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Lampião: herói ou vilão?
Thomas Aquino, que vive Josué, refletiu sobre a ambiguidade de figuras históricas como Lampião: “Toda sociedade tem dois lados da moeda. Acho que Lampião foi visto como um homem muito violento, que violentou muitas mulheres, que raptou … Mas ele também foi visto como o Robin Hood do sertão por muitas famílias. Inclusive, a gente conversou com várias pessoas no sertão que choram de emoção quando falam dele e bando, como mudaram a vida deles.”
A série busca esse equilíbrio entre mito e realidade, e mostra como o cangaço era, ao mesmo tempo, resistência e brutalidade.
Uma superprodução do Globoplay
Gravada durante oito meses e com 45 capítulos, Guerreiros do Sol é uma das produções mais ambiciosas do Globoplay. Com batalhas grandiosas, figurinos históricos e elenco de peso, a série foi comparada por Thomas Aquino a um Game of Thrones nordestino.
“Eu acredito que tem uma visceralidade muito grande. É muito crua, assim. Tem cenas muito fortes, né? Cenas pesadíssimas. Vai ter paixão, vai ter guerra, luta, amor.
Isadora complementou: “Eu acho que foi um dos projetos que abriu o mais investido na história da emissora. Então, tinham muitas batalhas que eram acontecimentos. Muita gente, muito figurativo, muito tiro.”
Além disso, a maior parte do elenco contratado tem a sua carreira no teatro nordestino, a série também representa um marco na valorização da cultura brasileira: “Estamos contando a nossa história, com nosso sotaque, nosso olhar”, disse Isadora. “É uma honra representar esse sertão que tem sido invisibilizado por tanto tempo”, acrescentou Thomas.
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Estreia e exibição
Guerreiros do Sol inaugura oficialmente o selo Globoplay Novelas, com produções desenvolvidas especialmente para plataforma, assim como Todas as Flores. A partir do dia 11 de junho, serão disponibilizados cinco capítulos por semana, sempre às quartas-feiras, no streaming.
Confira o trailer: