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Filme brasileiro será lançado no Natal

O tão aguardado filme O Auto da Compadecida 2, estrelado por Selton Mello e Matheus Nachtergaele, promete trazer de volta um dos maiores clássicos do cinema brasileiro.

Na sequência do primeiro filme, João Grilo (interpretado por Matheus) e Chicó (interpretado por Selton) se reencontram duas décadas após suas primeiras aventuras, desta vez na mítica cidade de Taperoá, na Paraíba. Grilo percebe que virou uma lenda na região, após Chicó passar anos contando as aventuras e “causos” da dupla. Afinal, ele conseguiu enganar a morte! Com isso, Grilo tenta, com toda sua esperteza e astúcia, tenta tirar proveito da fama. A amizade entre os dois personagens continua sendo o ponto central, enquanto eles se lançam em novas e emocionantes jornadas.

O retorno de Virginia Cavendish como Rosinha e Enrique Diaz como Joaquim Brejeiro adiciona uma camada adicional de nostalgia ao filme. Além disso, o elenco conta com novos talentos, como Taís Araújo (como Nossa Senhora), Humberto Martins, Luis Miranda, Eduardo Sterblitch e Fabiula Nascimento.

Taís falou do difícil papel de assumir o posto de Fernanda Montenegro na obra: “No momento eu falei: ‘Você é uma louca, como é que eu vou fazer isso?’ Mas ao mesmo tempo, o meu desejo de estar ali era imenso. Chegou o momento e mal acreditava que eu estava ali, porque parece que afirmava o meu desejo de ser atriz, eu estar trabalhando com essa trupe, com essa galera, com esses atores, com esses diretores. Vários desafios, mas eu prefiro muito mais falar de quase uma realidade que eu poderia não acontecer, porque eu jamais imaginei que teria o Auto da Compadecida 2 e que eu poderia ser Nossa Senhora. A gente conseguiu se conseguir se libertar de vários possíveis desafios que poderiam ser, não desafios, mas impedimentos para realização do trabalho. Claro que eles existiram, claro que o medo existiu, claro que tudo existiu, mas o desejo de estar ali, a realização de estar ali naquele ambiente, ele sobrepôs todos os desafios.”

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Nostalgia dos fas

O Auto da Compadecida estreou originalmente nos anos 2000 e foi um sucesso de bilheteria. Ele chegou aos cinemas em um momento que o Brasil vivia a Era de Ouro das produções nacionais. Com o passar dos anos, e a pandemia, os investimentos nas produções cinematográficas foram reduzidos e, com isso, a cultura nacional sofreu.

Mais do que uma sequência – Ariano Suassuna somente escreveu uma peça teatral sobre a história -, o filme é um resgate à nostalgia. Foram investidos 30 milhões de reais na produção do longa-metragem e uma tecnologia especial, para recriar a cidade em estúdio, foi importada dos EUA. O próprio roteiro, assinado por Guel Arraes e João Falcão, com colaboração de Adriana Falcão e Jorge Furtado, brinca com o resgate quando Chicó diz: “Há quem diga que o primeiro filme é o melhor”. E, sim, ele é.

“Fizemos muitos personagens icônicos, mas esses estão no topo dessa lista. Então, eu tenho uma impressão louca de que, de uma certa maneira, parece que eu nunca parei de fazer esses personagens. A essência é a mesma, ele [Chicó] continua frouxo, ele continua com a imaginação fértil, ele continua essa criança, no fundo. Então, se envelheceu, envelheceu”, contou Selton.

Matheus completou sobre a nova dinâmica da história: “Mas a hora talvez mais louca de todas e mais surpreendente, apesar da gente ter ensaiado muito, foi quando a Taís chegou como uma Compadecida, porque primeiro que a gente se ama muito. E esse é um momento muito especial para o Grilo. Claro que é. É a hora que o Iron Man vai viver ou morrer. É a hora que ele precisa do perdão da Compadecida, da ajuda dela. E a Taís foi muito forte, muito forte. O filme é muito lindo esteticamente, ele é deslumbre, ele é um sonho. Esse filme poderia ser tranquilamente uma nova mentira escandalosamente linda e louca de Chicó, que é o narrador.”

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É inegável não se emocionar com o retorno dos personagens amados do público, quem conquistam por sua simplicidade e espontaneidade, em um Brasil em que a miséria, a fome, o esquecimento é muito mais cruel do que cangaceiros ou coronéis (principalmente na década de 1950, período em que a trama é ambientada). Mesmo que os personagens poderosos ainda não escapem da visão estereotipada, como ignorantes e manipuláveis, é muito divertido ver Humberto Martins se aventurar fora de seus papéis recorrentes em novelas. Enrique Díaz também não decepciona como o cangaceiro que agora quer acertar as suas contas com Deus.

Data de estreia de Auto da Compadecida 2

Os fãs podem marcar o dia 25 de dezembro de 2024 em seus calendários, pois é quando O Auto da Compadecida 2 chega aos cinemas de todo o Brasil.

Confira o trailer:

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