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Trama traz homenagem à história original

Existem poucos filmes na história do cinema que conseguiram deixar a sua marca como O Exorcista. Exibido em 1973, o longa é até hoje um dos mais assustadores do gênero – a cena da garota possuída descendo as escadaria, por exemplo, ainda dá calafrios em grande parte do público!

Uma das razões pelas quais o filme se destacou foi o uso inovador de efeitos especiais. Dick Smith, o mestre do ramo, trabalhou meticulosamente para transformar Linda Blair, a garotinha inocente, em uma figura demoníaca e assustadora. As cenas de possessão de Regan continuam sendo algumas das mais perturbadoras já vistas no cinema.

O que poucos sabem é que a produção deste filme foi atormentada por uma série de distúrbios que parecem transcender a mera coincidência. Acidentes no set, lesões em membros da equipe e até mesmo mortes abalaram as estruturas dessa obra, dando origem ao que muitos chamam de “a maldição do Exorcista”. A crença alimentou por anos a fama do longa-metragem.

O sucesso de O Exorcista gerou várias sequências e reboots. No entanto, nenhum deles conseguiu capturar a mesma magia do original. As tentativas de continuar a história de Regan MacNeil foram recebidas com críticas mistas, mostrando o quão difícil é replicar o sucesso.

O Exorcista: O Devoto

A sequência acompanha Victor (Leslie Odom Jr.) que tem criado sua filha Angela (Lidya Jewett) sozinho desde a trágica morte de sua esposa grávida em um terremoto no Haiti, há 12 anos. Angela desaparece na floresta junto com sua amiga e retorna três dias depois sem nenhuma memória do que aconteceu.

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Desesperado e aterrorizado, ele busca ajuda com a única pessoa que já testemunhou algo tão parecido antes: Chris MacNeil (Ellen Burstyn), que ainda lida com as consequências psicológicas do exorcismo de sua filha Regan anos atrás. A sequência é dirigida por David Gordon e mantém o clima macabro e aterrorizante que tornou O Exorcista um ícone do cinema de terror. 

O público, no entanto, irá se decepcionar com as cenas do exorcismo em si. Mesmo que a entidade maligna tenha possuído duas jovens, as cenas de confronto ainda decepcionam por não manter a originalidade de sua precursora. A produção se empenha em inovar, aproveitando os avanços da tecnologia em relação ao filme original, que foi lançado há 50 anos. Mas é muito difícil superar um clássico.

O grande trunfo do roteiro – que está longe de causar pesadelos – é explorar mais a relação de afeto, confiança e fé entre os personagens do que o procedimento em sim. A trama abre espaço para discutir o tema em outras religiões, não somente a católica, e mostra que a fé em si mesmo é, na maioria das vezes, mais importante e poderosa do que a em Deus. É preciso acreditar na bondade, na família e nas pessoas. Assim, o exorcismo das garotas só acontece em um momento de união, de sincretismo religioso.

Trailer

A estreia está marcada para 12 de outubro de 2023 nos cinemas.

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