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spoilerPor Julia Benvenuto

Para quem leu ao obra de George Orwell, A Revolução dos Bichos, semelhanças entre a fábula e o seriado Zoo são recorrentes na trama. Escrito em 1945, o livro mostra como um grupo de animais adquirem um novo grau de inteligência e tomam as rédeas da fazenda onde moram.

É claro que o enredo da série diverge em vários aspectos da visão proposta por Orwell. Zoo é baseada também em um best seller, concebido pelo zoologista James Patterson, onde uma mutação genética causa mudanças profundas no comportamento animal e ameaça diretamente a sobrevivência da humanidade.

Assista ao trailer de Zoo

Na narrativa, um jovem cientista, Jackson Oz (James Wolk), descobre uma relação entre os ataques de leões na savana africana com os estudos de seu pai. Após vivenciar uma emboscada dos machos da espécie, que originalmente não atacam em grupo, o personagem identifica nos bichos sinais da teoria “das pupilas dilatadas”. Junto com o colega de trabalho Abraham Kenyatta (Nonso Anozie) e a agente francesa Chloe Tousignant (Nora Arnezeder), vítimas dos mesmos ataques, formam uma coalisão para descobrir o motivo para a mudança comportamental.

Confira o bate-papo que tivemos com o elenco de Zoo

Jovem cientista busca uma relação entre a mudança genética dos animais e as teorias de seu pai

Jovem cientista busca uma relação entre a mudança genética dos animais e as teorias de seu pai

Outros membros são adicionados ao grupo e surgem casos macabros ligados à mutação: morcegos que perseguem tecnologias, ursos que invadem casas em busca de comida e cachorros que atacam com planejamento os seus donos.

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Parte do trunfo do programa é utilizar animais em cenas reais, sem o auxílio de efeitos especiais, junto com os atores. A opção de filmagem deixa os episódios com um tom mais crível ao telespectador, que ora se vê questionando a capacidade intelectual de seu próprio bicho de estimação.

Com o avanço da contaminação nos animais, pela ação incosequente de uma indústria mundial de produtos veterinários, o estado de calamidade parece inevitável e o fim da civilização como conhecemos é logo destruído ao longo dos treze episódios.

Afinal, como a humanidade pode triunfar no topo da cadeia alimentar competindo com seres que desenvolveram a mesma capacidade de raciocínio? Seria a extinção dos animais uma solução para “consertar” o problema que nós mesmos criamos?

Uma coisa é certa: após assistir ao seriado, o público não verá com os mesmos olhos os nossos companheiros que também habitam o planeta. E, quem sabe, o show consiga despertar mais consciência e respeito na nossa relação com eles.

* Zoo foi renovada para a segunda temporada nos EUA. A série estreia no Brasil nesta segunda-feira (16), as 21h, no Space.

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