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Atriz diz que personagem enfrentará o luto e descobrirá mais sobre si própria

O Apple TV+ exibe a 3ª e última temporada da série Dickinson.

Com uma visão feministas, a série tem como tema a jornada de Emily, uma escritora iniciante que não se encaixa em seu próprio tempo e teve que enfrentar os preconceitos do século 19 e de seu gênero. “É a história da maioridade de Emily – a luta de uma mulher para fazer sua voz ser ouvida”, revela a sinopse.

Na terceira temporada, o público descobre que momento mais produtivo da protagonista como artista ocorre em meio à violenta Guerra Civil americana, uma batalha que divide a sua própria família.

O Pop Séries! conversou com Hailee Steinfeld (Emily) e Anna Baryshnikov (Lavinia) sobre o que esperar dos novos episódios.

POP SÉRIES – O que vocês aprenderam com os personagens nesta temporada?

HAILEE STEINFELD – Eu diria de Emily, sinto que estou constantemente aprendendo com essa personagem e tendo visto o que ela passou nas temporadas passadas, observando como ela se comportou. Sempre foi uma alegria e uma jornada ver como ela cuida de si mesma. É alguém que está constantemente ultrapassando os limites em qualquer lugar que pode, quebrando as regras. E nós a encontramos, na terceira temporada, em um verdadeiro estado de luto. Emily está tentando descobrir como ela pode permanecer como a luz de sua família neste mundo. Ela está lutando para encontrar uma maneira de sentir que está realmente fazendo algo para ajudar.

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ANNA BARYSHNIKOV – Acho que, no geral, o que aprendi com Lavinia é que mesmo quando uma pessoa recebe muita atenção por um talento extremo, isso não significa que as pessoas ao seu redor sejam menos interessantes ou menos valiosas. E eu acho que muitas vezes nós meio que deixamos de lado aqueles membros que não brilham quanto a estrela da família, mas eles são pessoas igualmente complexas.

Família Dickinson enfrenta a guerra na 3ª temporada

* Vocês podem falar sobre a evolução do relacionamento entre as duas irmãs ao longo de três temporadas?

AB – Acho que temos essa fonte incrível de material que sabemos que Lavinia inevitavelmente encontrou os poemas de sua irmã e lutou para publicá-los, e sabemos que eles acabaram deixando Emily estressada. Mas nós começamos a temporada realmente com uma espécie, uma típica e contenciosa relação de irmãs, com Lavinia revirando os olhos para Emily e ela não concordando com a sua postura. E então eu acho que é descobrir o crescimento delas, vendo o relacionamento sendo esse tipo de porto seguro para ambas, este lugar realmente agradável e de apoio mútuo.

HS – Particularmente acho divertido a dinâmica dos irmãos Dickinson, brincar com isso, com o crescimento entre nós três. Estamos todos em nossa própria jornada de vida, e eles são todos muito diferentes. Mas crescemos na mesma casa, somos uma família e há uma conexão tão profunda entre todos eles, embora, como você acabou de dizer, eles também sejam diferentes. Mas algumas das minhas cenas favoritas desta temporada estão estão no episódio em que Lavinia e Emily experimentam um pouco de “viagem no tempo”. E fazer parte de um programa em que filmamos um episódio como esse é louco, é, muito divertido.

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* Você poderia falar sobre os principais temas que esta série explora, como a morte, a esperança e como isso impactou o trabalho de Emily?

HS – Uma coisa sobre a poesia de Emily é que ela realmente cobre todas as bases. Sua poesia nos permitiu criar este show graças à mente linda, bela, criativa e selvagem de Elena Smith. Conseguimos este show e fomos capazes de abordar assuntos como a morte, a perda, a vida, a natureza e a beleza, e de toda a escuridão em tudo isso. Que sonho poder ir tão longe em todas essas coisas, certo? Quer dizer, fomos capazes de realmente elaborar sobre o que a morte é para Emily e o que isso significa para ela, o que a fama significa para ela, o que é luto, que é perda e como ela se sente completamente incompreendida e invisível, todos sentimentos muito relevantes que nós, como humanos, geralmente sentimos ao longo de nossas vidas, principalmente quando somos mais jovens. E adoro poder fazer parte do programa que aborda todas essas coisas com tanto bom gosto.

* O que você acha do fato de que, após dois séculos, as pessoas ainda não são livres para amar?

Eu sempre disse que sinto que esse show serviu como um lembrete de quão longe chegamos, mas de quanto trabalho há a ser feito. Só espero que a série faça as pessoas se sentirem como alguém que se esforça para, neste caso, ser um aliado da comunidade LGBTQ+ e alguém que geralmente fará o outro se sinta visto, ouvido e compreendido. Só posso esperar que, por meio do meu trabalho e de uma série como Dickinson, existam pessoas que sintam que podem se ver refletidas na série. Eu me sinto especificamente parte de uma geração que está quebrando essas barreiras e vivendo suas vidas sem se desculpar, sendo elas mesmas com voz e orgulho. Assim como esses personagens chegaram a um certo ponto séculos atrás, onde era completamente desaprovado e nem mesmo definido, então eles nem tinham as ferramentas ou os recursos para definir quem e o que eles eram.

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