Série é protagonizada por Michael Sheen e David Tennant
O que pode ser pior do que o fim do mundo? Esse é o mistério que o anjo Aziraphale e o demônio Crowley vão ter que solucionar na segunda temporada de Good Omens, que estreia no Prime Video.
Para você que ainda não assistiu à série eu explico a trama: o roteiro é uma adaptação do livro homônimo escrito por Neil Gaiman e Terry Pratchett. A trama segue o anjo Aziraphale e o demônio Crowley, que trabalham juntos para evitar o fim do mundo. A primeira temporada foi baseada inteiramente no livro, em que os personagens evitam que uma criança (tida como o anti-cristo) inicie o apocalipse. Já segunda temporada é baseada em uma história original escrita por Gaiman.
Como descobrimos, a consequência do trabalho em conjunto dos protagonistas é uma: ambos se tornam párias para o seu próprio povo. Mas isso é algo que eles já estão acostumados, após anos convivendo com os humanos na Terra.
A série foi bem recebida pela crítica e pelo público, com indicações ao Emmy e várias outras premiações. Grande parte do sucesso é resultado do carisma de Michael Sheen e David Tennant, que interpretam os personagens, e conseguem transmitir uma sensação de comédia e excentricidade à relação dos seres celestiais.
Gabriel, o anjo caído
A trama dos novos episódios de Good Omens começa quando o anjo Gabriel, interpretado por Jon Hamm (Mad Men), aparece de surpresa na porta da livraria de Aziraphale, desprovido de roupas e memórias. O arcanjo é procurado no céu e no inferno e a dupla de amigos terá que cruzar todos os limites para protegê-lo, mesmo que ele não mereça. E vamos dizer que para escondê-lo eles conseguem realizar um pequeno milagre!
A partir daí, a temporada nos leva a flashbacks da relação única de Aziraphale e Crowley, que (acredite) data desde o início dos tempos. Descobrimos que Aziraphale sempre esteve inclinado a quebrar as regras de Deus, quando elas não lhe parecem justas, e que Crowley não tem muita vocação para ser um demônio, constantemente praticando atos de bondade quando lhe convêm. Fica claro que nem tudo é preto no branco e que há muito a se compreender entre as forças do bem e do mal.
Outro momento divertido da segunda temporada é ver Aziraphale assumindo mais riscos em sua investigação, e para isso até dirige o tão amado carro do amigo em busca de pistas. E vamos dizer que ele falha em ser um bom detetive, mesmo assim consegue cumprir a sua missão.
Gabriel, agora completamente inocente, motiva dinâmica complicada entre a dupla. E logo o público descobre que Crowley parece ter mais que sentimentos de amizade com Aziraphale – só que aparentemente o anjo já desconfia disso. Ele fica divido entre entregar Gabriel aos demônios, e cometer um erro, ou a proteger a vida do companheiro.
Segunda temporada mais romântica
Neil Gaiman chegou a afirmar que a continuação é “quieta, gentil e romântica”, com um foco maior no céu e no inferno, e com uma pitada de romance de Jane Austen, como você irá logo descobrir.
A tentativa de esconder Gabriel é claro que desencadeará uma guerra entre anjos e demônios aqui na Terra. E mais uma vez os protagonistas terão que encontrar maneiras criativas para impedir uma fatalidade. A ameaça, no entanto, não parecer ser tão assustadora quanto o segredo que Gabriel guarda. Ele saberia de mais um evento que pode ocasionar o fim dos tempos? Por que ele está sendo procurado pelos anjos? E por que motivo ele escolheu confiar a sua vida a Aziraphale?
Good Omens continua sendo uma série divertida ao estilo Neil Gaiman, que não ousa em brincar e reimaginar o caminho de divindades e seres mitológicos. O roteiro é perspicaz e inteligente e as atuações de Michael Sheen e David Tennant ainda surpreendem. O único “pecado” do roteiro é de uma temporada curta, com apenas seis episódios.
A estreia está marcada para 28 de julho no Prime Video. Além do elenco regular, a segunda temporada conta com Shelley Conn, Tim Downie, Pete Firman, Alex Norton, Andi Osho, Dame Siân Phillips e Quelin Sepulveda.