Após um hiato de dois anos, a oitava e última temporada de Homeland estreou com a missão de exibir um final plausível para Carrie Mathison (Claire Danes). Uma tarefa nada fácil para uma personagem tão complexa, que se reinventou sem nunca perder sua essência ou deixar seus fãs perplexos.
Inicialmente, a trama mostrou um sargento americano – Nicholas Brody – que retornou para casa, após anos ser refém da al-Qaeda. Detalhe: ele agora fazia parte da organização terrorista e agia como espião contra seu próprio país. Coube a Carrie a tarefa de desmascará-lo quando todos duvidavam de suas teorias conspiratórias. E a protagonista apresentou um ponto importante. Diagnosticada com transtorno bipolar, ela conseguiu ser mais sagaz em suas análises por conta de sua doença psiquiátrica.
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Passada oito temporadas, a trama foi capaz de grandes reviravoltas e Brody foi deixado para trás, sem piedade, no terceiro ano. Não fez a menor falta. Carrie continuou seu incessante percurso para derrotar o terrorismo e proteger os EUA. Orientada por Saul Berenson (Mandy Patinkin), um homem extremamente pragmático, ela foi conseguiu impedir atentados, capturar líderes e salvar civis. E quase sempre, seu papel nunca foi o de heroína. Métodos controversos, mentiras e traições sempre fizeram parte de seu jogo de atuação.
A última temporada de Homeland trouxe Carrie de voltou às suas origens atuando contra as ameaças terroristas no Afeganistão. Depois de ser capturada e torturada na Rússia, Saul a colocou em plano arriscado para impedir uma nova guerra. Após a morte do presidente dos EUA, num misterioso acidente de helicóptero, ela se aliou a um agente russo para descobrir a verdade.
O grande trunfo do desfecho foi a ênfase dada ao relacionamento entre Carrie e Saul. Pela primeira vez, a protagonista apresentou pensamentos dúbios em trair seu superior. Não importava quais seriam os meios utilizados para a finalidade. Foi interessante vê-la realizar parcerias com a Rússia, quando ela não teve a confiança de seus colegas de trabalho. E Saul apesar de tentar encontrar um meio termo, não foi capaz de burlar seus princípios em delatar sua informante.
Talvez o espectador esperasse que os últimos episódios de Homeland fossem destinados à grandes ataques contra tiranos impiedosos ou patriotismo exacerbado. Pelo contrário, a narrativa mostrou um terrorista buscando paz e um presidente dos EUA sendo altamente manipulado. A base foi mesmo sustentada pela dinâmica entre o mentor e sua a aprendiz, em que Carrie mostrou ser capaz de colocar o aprendizado em prática com sagacidade.
Os roteiristas também apresentaram um final inesperado. Afinal de contas, qual seria o destino de uma mulher que já tinha levado sua vida ao limite tantas vezes? A CIA ficou limitada para sua audácia. A única saída foi transformá-la em uma agente secreta americana capaz de se casar com seu inimigo,Yevgeny Gromov. Além disso, esta também foi a maneira encontrada para sua redenção com Saul.
Sabemos que esta é a temporada final do seriado, mas o sorriso no rosto dos dois protagonistas – na cena final – nos leva a crer que um novo capítulo da saga seria emocionante!
Carrie was publicly humiliated, beaten, doped, shot and put her life on the line countless times without hesitation, just to make others see Brody as she saw him … and succeeded. Abu Nazir, the CIA, Jessica and the show’s own audience, no one even came close to seeing Brody with the clarity Carrie has always seen. Carrie has always read Brody like no one else.
It would be possible to clarify the following doubts: How did Carrie see Brody? and how did the US come to see it? It’s the world?
Carrie foi publicamente humilhada, agredida, dopada, levou um tiro e colocou sua vida em risco inúmeras vezes sem hesitar, apenas para fazer com que os outros vissem Brody como ela o via… e conseguiu. Abu Nazir, a CIA, Jessica e o próprio público da série, ninguém chegou sequer perto de enxergar Brody com a clareza que Carrie sempre enxergou. Carrie sempre leu Brody como ninguém.
Seria possível esclarecer as seguintes dúvidas: Como Carrie enxergava Brody? e como os EUA passou a vê-lo? e o Mundo?