‘The Great’ cria versão alternativa para história de Catarina, a Grande

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The Great é uma das séries mais promissoras produzida pelo streaming.

Protagonizado por Elle Fanning e Nicholas Hoult, o seriado é uma versão “não oficial e pouco verdadeira”, como propriamente se auto intitula, da história de Catarina, a Grande.

Catarina, cujo nome verdadeiro era Frederica Sofia, foi a imperatriz da Rússia no século 18 por meio de um golpe de poder. A personagem era um princesa na Áustria sem poucas chances de ascender na nobreza até que teve o seu casamento arranjado com o futuro czar do país, Pedro III, neto de Pedro, o Grande. A família real acreditava que a jovem tinha um comportamento dócil, que não representaria uma ameaça ao reinado.

Pedro (interpretado por Hoult) era imaturo, incapaz de governar, mulherengo e até sádico. Enquanto, Catarina (Fanning) tinha outras aspirações para a sua vida e era instruída para as mulheres da época.

The Great é baseada em fatos reais

A trama – disponível no Brasil pelo Prime Video – não pretende, no entanto, manter os laços com a veracidade histórica tão apertados. The Great apresenta uma releitura divertida, moderna e feminista do que teria sido o reinado de Peter, a vida no palácio e, finalmente, o golpe de estado.

O enredo consegue brincar com os fatos históricos de uma maneira perspicaz, revelando toda a futilidade da corte russa, assim como os filmes Marie Antoinette (2007) e A Favorita (2018) conseguiram, maravilhosamente. As boas atuações e a química dos atores principais contribuíram também para o bom resultado do programa: é muito difícil não concordar com Catarina, que se vê casada com um homem, mimado, inconsequente e quase idiota. Ao mesmo tempo que, mesmo com as atitudes impensadas, o carisma de Hoult faz o telespectador, por alguns momentos, até torcer por um futuro para o casal.

Com o apoio da classe política e os militares, além de seu amante (interpretado por Sebastian de Souza, na ficção), a princesa declarou-se Catarina II, a imperatriz da Rússia, em junho de 1762 – somente alguns meses após a posse de Peter. Ele, por sua vez, foi preso pela guarda imperial e assassinado em circunstâncias misteriosas.

Mas o trunfo de The Great não é em si o perigoso jogo pelo poder. É como Catarina construiu o seu plano para chegar lá e, com a inteligência de uma mulher menosprezada, enganou Peter de forma recorrente e conquistou os aliados que precisava para a sua missão. Ver tal trama se desenvolver em três temporadas é extremamente divertido e envolvente.

Quem foi Catarina, a Grande?

the great série
Série The Great

Catarina II da Rússia, mais conhecida como Catarina, a Grande (1729–1796), não nasceu russa — nem imperatriz. Era uma princesa prussiana chamada Sophie que, aos 14 anos, foi enviada à Rússia para se casar com o herdeiro ao trono, Pedro III. O casamento não foi exatamente um conto de fadas: ele era imaturo, ela era ambiciosa — e os dois mal se suportavam. Resultado? Em 1762, com apenas seis meses de reinado de Pedro, Catarina liderou um golpe de estado, tirou o marido do caminho (literalmente) e assumiu o trono sozinha.

Durante 34 anos no poder, ela transformou a Rússia em uma potência moderna, expandiu o império para o sul e oeste, patrocinou as artes, fundou escolas e até trocou cartas com Voltaire. Tudo isso enquanto driblava crises políticas, escândalos palacianos e alimentava uma vida amorosa digna de novela das nove.

A série The Great — com Elle Fanning no papel principal — pega essa história incrível e a tempera com doses generosas de sarcasmo, humor negro e anacronismos deliciosos. Inspirada “de forma ocasionalmente verdadeira”, a produção mostra a jovem Catarina navegando pelos jogos de poder da corte russa enquanto planeja, com charme e ousadia, transformar o império — e o mundo — ao seu redor. Huzzah!

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