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spoilerCom a premissa de explorar a história dos personagens coadjuvantes dos HQs, Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. teve o seu eixo narrativo modificado ao longo do segundo ano – o que não significa, necessariamente, uma boa alternativa para a saga.

Liderados por Coulson, os personagens buscaram reconstruir a organização, perseguida e criminalizada após o ataque da Hydra em Capitão América: o Soldado Invernal. Fitz (Iain De Caestecker) foi que mais sofreu com as consequências da dominação terrorista: teve o seu cérebro e sua sanidade afetados após ser jogado ao mar pelo colega e ex-amigo, Grant Ward.

A trama obscura caminhava bem, uma vez que Coulson (agora apontado como diretor por Nick Fury) tentava reconstruir o nome da organização aos olhos da sociedade. Para isso, novos personagens foram acrescentados ao enredo: a aclamada Bobbi Morse (Adrianne Palicki), o complicado e charmoso Lance Hunter (Nick Blood) e o habilidoso mecânico Mack Mackenzie (Henry Simmons). Até Jemma teve as suas aventuras trabalhando como agente disfarçada.

Confira promo do último episódio da segunda temporada

Tudo parecia bem até que os produtores da atração decidiram contemplar a história de Daisy Johnson/Quake, ou seja Skye. Acrescentar uma poderosa heroína dos quadrinhos é sim um grande trunfo, ainda mais com a renovação de Agent Carter. Chloe Bennet conseguiu também, com carisma, mostrar a evolução de sua personagem e a descoberta de um mundo repleto de pessoas com superpoderes. Então, onde está o problema com o arco narrativo? Nos crossovers realizados com as outras atrações da Marvel.

Luke Mitchell ganha papel regular na terceira temporada, como conselheiro de Skye

Luke Mitchell ganha papel regular na terceira temporada, como conselheiro de Skye

É difícil não questionar se o potencial da união do seriado com os constantes filmes do império dos HQs está sendo explorado da maneira correta. Como acreditar no marketing “está tudo conectado” quando nem se quer um nome de importância para a história de Os Vingadores, por exemplo, é contemplado no episódio que precede a estreia do longa? Ainda mais quando o diretor do filme, Joss Whedon, é o mesmo da série.

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Se trazer heróis famosos para a TV ainda é um problema – o que não parece ser o caso, já que Robert Downey Junior divulgou o seu desejo de participar do show – por que não levar os protagonistas para a saga cinematográfica? Com certeza, seria extremamente divertido ver “o retorno dos mortos” de Coulson no esquadrão dos Vingadores.

A conexão precária entre enredos é algo que ainda precisa ser trabalho pela emissora, ainda mais quando a sua principal concorrente, a DC Comics em parceria com CW, cria crossovers incrivelmente trabalhados entre Arrow e The Flash (hoje, a série mais assistida do canal).

Rumo ao terceiro ano, Agents of S.H.I.E.L.D. embarca em uma nova jornada, em que Skye assume o controle da seção secreta de não-humanos. Ela contará com o apoio de Lincoln (Luke Mitchell), agora contratado como regular. No mais, o público ainda espera por uma sonhada participação especial dos heróis do planeta (o que poderá somente acontecer, em 2016, com o lançamento de Capitão América 3). Esperamos que até lá Samuel L. Jackson e Cobie Smulders aqueçam a trama antes do aguardado evento.

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