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O desejo de viajar no tempo é um tema abordado há décadas na televisão. Personagens ficaram famosos na história dos seriados por desafiarem as leis da física: Doctor Who, Desmond (Lost), James T. Kirk (Star Trek), entre outros.

Mas o que, então, Continuum apresenta de diferente? Em sua quarta e última temporada, a série conseguiu captar o espírito de um futuro iminente e perigoso para humanidade. Na história, não há monstros, vírus mortais e sim uma realidade sombria, onde o avanço tecnológico e o controle das instituições na vida dos cidadãos tomou proporções assustadoras.

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Neste cenário, Kiera Cameron (Rachel Nichols) é enviada do ano de 2077 ao passado – ou seja, o nosso tempo – juntamente com condenados à morte de uma facção criminosa, a Liber8. A trama evolui nestes quatros anos e a protagonista faz amizades fortes com o policial Carlos Fonnegra (Victor Webster) e com o jovem gênio Alec Sadler (Erik Knudsen), que mais tarde seria o responsável pela sua viagem inesperada.

Keira consegue mudar o futuro, mas é surpreendida pelas consequências da viagem no tempo

Keira consegue mudar o futuro, mas é surpreendida pelas consequências de sua viagem no tempo

A produção do canal canadense Showcase é ambiciosa e é vitoriosa em transmitir o conceito da saga. Keira consegue, em sua trajetória, desmantelar a organização criminosa, mas descobre que o inimigo de seus planos é somente um: Matthew Kellog (Stephen Lobo). Para evitar o cenário apocalíptico que a sua ida ao ano de 2012 casou, a personagem realiza alianças perigosas e o enredo caminha para um fim digno de uma tragédia grega. Com medo da chegada de sua versão mais velha ao presente, Kellog mata a própria filha e acaba em um cenário pré-histórico em sua tentativa de realizar mais uma viagem pelo tempo e espaço.

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Já Keira, consegue retornar ao seu ano de origem. No entanto, é surpreendida pelas consequências de alterar múltiplas linhas do tempo. Na nova realidade, a paz reina e a Liber8 nunca existiu. Alec se tornou um homem ético e bondoso e seu irmão, Julian, não se transformou no líder da facção criminosa. Keira conseguiu cumprir a sua missão, mas não pode ficar ao lado do filho. Afinal, há uma outra versão de si própria existindo neste contexto e a protagonista é agora mais um paradoxo em meio ao espaço contínuo.

O desfecho inesperado é congruente com a construção da narrativa, ao passo que reforça a ideia que toda a redenção é possível para quem está disposto a realizar sacrifícios. Por um mundo melhor para a família, Keira teve o seu maior sonho despedaçado. Para uma ficção científica, é animador como Continuum consegue despertar com destreza questões filosóficas em seus telespectadores.

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