Desde a estreia de The Crown, o público já esperava que a série seguisse pela proposta de desenterrar polêmicas ligadas à coroa inglesa.
O primeiro ano teve como foco a ascensão de Elizabeth (Claire Foy) e a sua tentativa de ser a monarca que a Inglaterra precisava, em detrimento da felicidade de sua própria família. Os novos episódios que estrearam na Netflix confirmam o porquê a série foi a favorita da crítica em 2017.
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A relação da jovem rainha com o marido, Philip (Matt Smith) continuou tortuosa a ponto de todo o país presenciar uma crise conjugal – vale lembrar que a separação era algo impensável na época para os membros da realeza. Elizabeth também teve que aceitar a escolha da irmã de se casar um fotógrafo de conduta moral questionável e da revelação do segredo sombrio que escondia o tio. Um documento até então dado como sigiloso provou o envolvimento do Duque de Windsor com os nazistas na Segunda Guerra Mundial e o seu plano para reconquistar o trono. Tal fato ainda é lembrado com vergonha na Inglaterra, mas a série é extremamente feliz em retratar a destreza do ex-rei em estar perto do poder, mesmo depois de abdicar da sua posição.
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Outro grande ponto da narrativa foi a decisão de explorar o passado de Philip. Herdeiro do trono grego e dinamarquês, o futuro Duque de Edimburgo tem também um passado interessante. Ele foi criado pela irmã e o cunhado na Alemanha, ambos do alto escalação nazista, até morte deles em um acidente de avião. Sem o interesse do pai e da mãe, Philip acabou sendo colocado em uma escola interna em que o “regime bruto” ajudou a reconstruir a sua vida. E, infelizmente, o príncipe Charles foi obrigado a seguir os passos do pai. A decisão de matricular o filho na escola só aumentou a distância emocional entre os personagens, assim como aconteceu na vida real.
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No campo político, o seriado explorou um dos encontros mais importantes entre a Inglaterra e os EUA: a visita de John F. Kennedy (Michael C. Hall). Mesmo que o evento tenha ficado concentrado em um capítulo, o produtores conseguiram explorar a relação complicada entre o ex-presidente e a esposa, Jacqueline. Mostrando a Elizabeth que nem sempre “a grama do vizinho é mais verde.”
A terceira temporada de The Crown, já confirmada pelo canal on-line, promete mais um salto no tempo. Haverá uma troca de atores, o que não deixa de ser um risco para popularidade do show. Afinal, a interpretação de Clarice Foy lhe rendeu um Globo de Ouro em 2017.