Personagem não pertencia a DC Comics
Sim, você não leu errado! Antes de se chamar Shazam!, o herói era atendido pelo nome de Capitão Marvel. A história parece um tanto quanto enrolada, mas nós vamos te explica tudo direitinho.
O personagem foi criado, em 1939, pelo roteirista Bill Parker e pelo desenhista C. C. Beck, na Editora Fawcett. Sua primeira aparição aconteceu no quadrinho Whiz Comics #2, em 1940. Detalhe: nesta época, a empresa de quadrinhos Marvel ainda não existia.
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O nome foi dado por conta da palavra “marvelous”, que significa maravilhoso em português. O grande atrativo era o fato do super-herói ser um alter ego de uma criança chamada Billy Batson. Bastava era gritar Shazam! e tudo acontecia.
O problema é que a DC Comics processou a editora Fawcett por achar que o Capitão Marvel era muito parecido com o Super-Homem, criado em 1938. As semelhanças incluíam a superforça e supervelocidade e o super sopro. Porém, os poderes de ambos vieram de origens diferentes. A força de Shazam era oriunda de deuses mitológicos e do Super-Homem era de seu país, Krypton.
“Quando o Capitão Marvel surgiu, o Super-Homen estava muito fresco na memória no público. Só que eu acho que o apelo do Capitão Marvel se deu mais pela sua proximidade com as crianças. Afinal de contas, era a criança que virava herói. Então, isso acabou influenciando no resultado de vendas. Aparentemente, era tão significativo que realmente motivou a DC a embarcar nessa briga judicial”, contou o editor líder da Panini, Levi Trindade.
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A guerra na justiça durou mais de doze anos e levou Fawcett à falência. Nas últimas HQs de Capitão Marvel e da Família Marvel, a Fawcett adotou um tom cheio de ironia para mostrar que tinha perdido a batalha. As capas das revistas mostravam o herói sendo apagado com um borracha e somente a silhueta de alguns personagens. Além disso, havia o título do livro de Agatha Christie: “E Não Sobrou Nenhum.”
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A DC Comics adquiriu os direitos do Capitão Marvel entre 1953, mas deixou o personagem na geladeira até 1972. Porém, em 1961 a Marvel nasceu e registrou um personagem com o nome da empresa. A DC então foi obrigada então a modificá-lo para Shazam!. Essencialmente, o herói manteve todas as suas características, com o tom leve e divertido para atrair a garotada.
“O Shazam sempre foi mais lúdico. Seus inimigos eram um cientista maligno ou uma lagarta falante. A coisa mais mortal e letal que ele enfrentou foi o Adão Negro, que era uma versão distorcida dele mesmo. O vilão recebeu os poderes do Mago Shazam, mas de entidades do Egito”, conta Levi.
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Uma grande curiosidade é que o filme Shazam foi baseado em relançamentos da DC Comics a partir de 2011. O roteirista Jeff Jones foi responsável por trazer Shazam! para os tempos de hoje, sem perder sua essência. Billy Batson foi transformado em uma garoto desajustado, que passou por lares desfeitos até ser adotado numa casa cheia de outras crianças.
O filme de 2019, dirigido por David F. Sandberg, trouxe uma abordagem divertida e leve, focando nas aventuras de Billy Batson e suas descobertas ao se transformar no poderoso herói ao gritar a palavra mágica “Shazam”. A sequência de 2023, intitulada Shazam! Fúria dos Deuses, explora o equilíbrio entre as responsabilidades heroicas e as experiências de vida de um adolescente comum.
Na época de criança quando lia HQ dos dois Super Homem, eu achava que eram o mesmo e só os direferenciava porque um dizia Shazam e não entendia, mais tarde que foi uma cópia feita pela Empresa Marvel que veio depois da Empresa Fawacet, mas que ficou mais famoso foi o Super Homem.👍 😎
Uma correção: a Marvel Comics surgiu em 1939, cinco anos após a DC Comics, ou seja, em 1934 no caso desta última! Só que nenhuma das duas editoras começou com seu atual nome! A DC Comics era National Comics, ao passo que a Marvel Comics era Timely Comics, chegando a ser Atlas Comics após um tempo!
E antes que eu me esqueça: o Capitão Marvel da DC Comics virou Shazam! em definitivo porque a editora concluiu que o nome Marvel era isca fácil para que a concorrência lucrasse tranquilamente e sem esforço!