Ryan Reynolds e Hugh Jackman formam parceria inesquecível
Não é novidade que a Marvel tenha pedido o rumo após o final da saga de Vingadores: Ultimato. Com a maioria dos seus atores principais fora de cena, ela teve que se reinventar. Algumas produções deram certo, outras nem tanto. Mas Deadpool e Wolverine prova que é possível inovar e agradar o seu público mais fiel.
Com a classificação para maiores, a franquia Deadpool sempre se distanciou dos outros longa-metragens do estúdio. O herói “fora do padrão”, interpretado por Ryan Reynolds, que não tem medo de dizer o que pensa ao público (e vamos agradecer a quebra da quarta parte por isso) ou matar seus inimigos com requinte de crueldade recebeu críticas positivas ao longo de sua jornada. Com a compra da Fox Century pela Disney, o terceiro filme da saga tinha um destino incerto, até que Hugh Jackman aceitou sair da aposentadoria e reviver o seu papel mais marcante: o mutante Wolverine.
Mas, não se engane. Não veremos o herói de Logan (filme de 2017), que deu a sua vida para salvar um grupo de crianças mutantes. Após a sua morte, Wade Wilson descobre pelo TVA (sim, os agentes do tempo de Loki) que a sua Terra está fadada ao fim. O anti-herói, então, decide buscar no multiverso uma versão alternativa do X-Men. Só que ele encontra um Wolverine condenado pelas decisões de seu passado.
Juntos, eles iniciam um motim dentro do TVA, o que leva os dois personagens ao Vazio. E é lá que grande parte da história se desenrola. Até de fato se tornarem aliados os dois personagens brigam, mutilam-se, trocam xingamentos, por diversas vezes. Essa é a beleza de colocar dois heróis imortais na tela do cinema. É também no exílio que eles conhecem uma nova vilã dos quadrinhos: Cassandra Nova (Emma Corrin), que compartilha o mesmos poderes psíquicos que o irmão gêmeo, o Professor Xavier.
No Vazio, como sabemos desde Loki, é onde são enviadas as variantes indesejadas, que de alguma forma alteram a linha temporal sagrada. Assim, o público é surpreendido com algumas aparições especiais – e vamos contar aqui somente os nomes já anunciados, sem spoilers. Vemos Aaron Stanford como o mutante Pyro, Jennifer Garner como Elektra e Dafne Keen como a X-23. Há ainda a presença de um dos Vingadores (no entanto, não da forma que você imagina), de um personagem clássico da Marvel e de um nome muito importante da DC. Sem falar de inúmeras versões de Deadpool, como Ladypool (que não é a Taylor Swift!) e Dogpool (ou melhor Peggy, a cachorrinha eleita a mais feia da Grã Bretanha).
No mais, Deadpool e Wolverine é uma jornada de redenção e segundas chances. Wade tem a oportunidade de provar e agir como o herói que tanto sonhou ser. Além, é claro, de salvar o seu mundo da total destruição. Já Wolverine tem que lidar com o passado, com a perda dos seus colegas X-Men, e com fato que pode mudar somente o seu futuro. É também a Marvel na sua melhor forma: sem tramas complexas e interligadas, sem filtro e sem medo de criticar as suas maiores falhas.
O elenco principal do longa conta também com nomes já conhecidos: Morena Baccarin, Rob Delaney, Leslie Uggams, Karan Soni e Matthew Macfadyen.
E será que veremos Deadpool e Wolverine juntos novamente? Não é novidade para ninguém que o estúdio prepara a sua mais nova empreitada, as Guerras Multiversais. A saga dos quadrinhos pretende resgatar nomes populares dos quadrinhos, como Tony Stark e a Viúva Negra, em versões alternativas, para lutar pela existência e segurança de todo multiverso. O filme deixa as portas abertas para uma participação dos dois personagens, embora o terceiro filme de Deadpool já funcione como um desfecho. Como Ryan brinca com Hugh durante o filme, ele provavelmente viverá o Wolverine até completar 90 anos. O futuro dirá!