Michael Sheen e David Tennant protagonizam a série
Desde a estreia da série Good Omens, baseada no aclamado romance homônimo de Neil Gaiman e Terry Pratchett, uma questão tem intrigado e cativado a imaginação dos fãs: Crowley e Aziraphale são um casal?
Essa dúvida tem gerado debates acalorados, teorias entusiasmadas e até mesmo análises psicológicas sobre a natureza da relação entre esses dois personagens complexos. Mas como a relação pode afetar o curso da história? A segunda temporada da série já nos deu algumas dicas!
Crowley e Aziraphale
Ao longo dos séculos, Crowley (David Tennant), o demônio tentador, e Aziraphale (Michael Sheen), o anjo protetor, compartilharam uma parceria incomum que desafia as expectativas convencionais. Suas personalidades contrastantes – o sarcasmo e a gentileza, a escuridão e a luz – formam uma química intrigante que transcende as barreiras celestiais e infernais. Suas interações, muitas vezes repletas de humor e camaradagem, ilustram uma amizade profunda e duradoura, construída ao longo de eras.
Juntos, eles compartilharam grandes momentos da humanidade e também evitaram catástrofes avassaladoras, como a ascensão do anti-cristo e o apocalipse na primeira temporada de Good Omens.
A amizade deles remonta ao Gênesis, quando Crowley, disfarçado de serpente, tentou Eva com o fruto proibido, levando à expulsão de Adão e Eva do paraíso. Foi durante esse encontro que Aziraphale e Crowley cruzaram caminhos e observaram enquanto Adão batalhava valentemente contra um leão com uma espada em chamas. Após provocar Aziraphale por ter entregado sua arma, os dois compartilham uma conversa instigante, e Crowley questiona a malevolência percebida dos humanos ao adquirirem conhecimento do bem e do mal. Essa interação plantou as sementes de uma conexão profunda que resistiria a milhares de anos de provações.
Até então, o público via nos pequenos detalhes teorias para especulação sobre um possível relacionamento romântico entre Crowley e Aziraphale. As trocas de presentes cuidadosamente escolhidos ao longo dos anos, os olhares intensos compartilhados em momentos de perigo iminente e os gestos de preocupação mútua são elementos que provocam a imaginação do público e sugerem uma conexão além da amizade convencional.
Apaixonados?
Um dos momentos mais icônicos que muitos fãs apontam como evidência de uma ligação mais profunda é a cena da dança no limbo durante o apocalipse. A maneira como Crowley e Aziraphale dançam juntos com tanta intimidade e harmonia levanta questionamentos sobre a natureza de seu relacionamento. Além disso, cenas como a interação durante a Segunda Guerra Mundial e a colaboração na tentativa de impedir o Armagedom demonstram a força de sua conexão em situações extremas.
Os fãs tiveram certeza sobre o relacionamento na segunda temporada de Good Omens, que está em exibição no Prime Video (assine à plataforma de streaming com 30 de grátis clicando aqui). No último episódio da temporada, Crowley vai ao Céu para evitar que os demônios machuquem o seu amigo, enquanto invadem a livraria. Ao final, descobrimos que Gabriel, antes desaparecido, escondeu o relacionamento com um “inimigo”. O conflito termina pacificamente até que Aziraphale é convidado a comandar os anjos. Mesmo com Crowley revelando os seus sentimentos, e o beijando, o anjo deixa a Terra.
Ao explorar a amizade profunda e a cumplicidade emocional entre esses dois seres sobrenaturais, Good Omens sugere que o amor pode transcender categorias e rótulos predefinidos. Neil Gaiman incentiva uma perspectiva sutil, enfatizando que anjos e demônios são assexuados e sem gênero, enquanto reconhece que suas identidades podem ser interpretadas como assexuadas, arromânticas ou até mesmo transcendentes das normas de gênero tradicionais. Ele destaca que a história deles é fundamentalmente uma história de amor, que existe independentemente da forma que assumem, e isso por si só é explicitamente queer.