Filme estreia em 16 de fevereiro nos cinemas
Esta crítica começa com uma certa expectativa frustrada com a estreia de Kang (Jonathan Majors) nos cinemas, mas também já conformada com o que está por vir na Fase 5 da Marvel. Afinal, como superar a grande estreia de Thanos em Vingadores: Guerra Infinita?
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania tem a difícil missão de introduzir o vilão, já apresentado na série Loki, aos fãs do estúdio. Conhecido como Kang, o Conquistador nos quadrinhos o personagem tem uma narrativa complexa até se tornar a grande ameaça do multiverso. Vindo de uma terra alternativa, onde a tecnologia desenvolveu-se excepcionalmente, ele é capaz de atravessar as barreiras dos universos.
O que já sabemos: Nathaniel Richards é um cientista do século 31 que descobriu a existência do multiverso e dos seus “eus alternativos”. Ao contrário da maioria de suas variantes, ele procurou conquistar o maior número de mundos e, assim, começou a Guerra Multiversal. Ficou conhecido como Kang, o Conquistador. A tentativa de Kang de dominar o multiverso foi frustrada, pois seu outro eu, Aquele que Permanece, isolou as linhas do tempo. No entanto, quando Sylvie o matou em Loki, ela deu as condições ideais para o seu retorno.
Kang é seu pior inimigo, constantemente tentando impedir o futuro ou desfazer o passado. Isso porque, ele tem uma visão privilegiada das linhas temporais. Assim, ao longo da história, ele cria diversas variantes de si mesmo, conhecidas como: Immortus, Rama-Tut, Iron Lad, Victor Timely e Bebê Kang. Além disso existe o Conselho de Kangs, uma organização com o objetivo de livrar o mundo de suas variantes redundantes.
Em suas viagens no tempo, ele torna-se uma ameaça deslocada no tempo para os Vingadores, o Quarteto Fantástico e outras equipes heróicas.
Scott Lang (Paul Rudd) segue a sua vida após ficar preso por anos no Reino Quântico e agora é uma celebridade local. Ao mesmo tempo, ele tenta recuperar o tempo perdido com a filha que já é uma adolescente.
Mas tudo fica mais complicado quando Cassie, com a ajuda de Hank (Michael Douglas), cria um dispositivo para se comunicar com o mundo quântico, e todos acabam sendo sugados para lá. Em pânico, Janet (Michelle Pfeiffer) é obrigada a revelar a sua família os perigos do mundo onde teve que sobreviver por anos e a sua relação secreta com Kang.
O filme segue a mesma linha de humor dos títulos anteriores e é feliz a apresentar uma visão gráfica, repleta de seres exóticos, do Reino Quântico ao público. Em termos de efeitos especiais, é um show para imaginação. Também (finalmente!) o roteiro foi capaz de aproveitar os talentos Michael Douglas e Michelle Pfeiffer, que vivem personagens coadjuvantes no Universo Marvel, mas nem por isso menos importantes. Outro ponto alto é a relação de Scott e Hope Van Dyne (Evangeline Lilly), que finalmente parece ter atingido um ponto de equilíbrio.
Uma pena que o longa-metragem tivesse que carregar toda essa expectativa quanto a estreia da Fase 5. A história é divertida, coerente com a linguagem do herói, mas Kang falha em convencer o público de que é de fato a maior ameaça a nossa existência. Jonathan Majors é capaz de criar simpatia, principalmente quando conhecemos o lado mais “humano” do personagem. No entanto, diferente do que nos é prometido, a versão do Conquistador não é assim tão sombria quanto esperávamos.
Ele não é ameaçador, moralmente ambíguo e nem carrega uma índole assassina como Thanos. O seu maior objetivo é conquistar mundos e não há um grande propósito por trás disso, somente acumular poder e impedir que os mundos colidam (outra promessa para trama de Doutor Estranho 3) não é algo tão convincente para justificar suas ações. Thanos também não tinha receio de matar, nem mesmo a sua própria filha adotiva. Gamora, Visão e Loki pereceram nas mãos do vilão. A mesma coragem faltou para Kang, e não conhecemos o seu lado mais perigoso, mais sociopata.
No mais, Homem-Formiga continua com o projeto da Marvel de apresentar a nova geração de heróis aos fãs. Já conhecemos Kate Bishop, a Gaviã Arqueira, Florence Pugh, a nova Viúva Negra, Eli Bradley, o Patriota, Ms. Marvel, e agora Casse Lang, que em breve deve assumir o legado do pai.
O futuro, para o bem ou para mal, já chegou ao MCU.