A série Vikings conseguiu misturar com grande competência história sobre o povo nórdico com a ficção. Criada por Michael Hirst, o show fez a sua estreia no History Channel em 2013 e, embora tenha sido originalmente planejado para ser uma minissérie, acabou conquistando o público com a jornada de Ragnar, Lagertha (interpreta da pela atriz canadense Katheryn Winnick) e Floki.
A história real de Lagertha: ela realmente existiu?
Acredita-se que Lagertha foi uma donzela, governante do que hoje é a Noruega. A sua história pode ser encontrada na obra Gesta Danorum, de Saxo Grammaticus, que detalha como ela conheceu Ragnar e o que ele fez para ganhar sua mão, um acontecimento que é mencionado nas primeiras temporadas dos da série. Segundo o texto, Ragnar matou os urso e cão que guardava a casa de Lagertha. Eles tiveram um filho, Fridleif (não Björn, como na série), e duas filhas cujos nomes não são registrados. Assim como na série, o casal acabou se divorciando e ele pediu a ajuda da ex quando precisou durante uma guerra civil.
No entanto, a veracidade das obras de Saxo ainda é objeto de debates e é mais possível que Lagertha, como Ragnar, tenham inspirados em uma combinação de diferentes figuras da vida real. Para os historiadores modernos, a personagem é um reflexo de contos sobre mulheres guerreiras ou mesmo a divindade nórdica Thorgerd.
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A personalidade da guerreira de Vikings
Lagertha é uma das personagens mais icônicas do seriado, conhecida por ser uma valente e feroz escudeira, guiada por um código de honra inabalável. Sua personalidade é marcada pela implacabilidade, sangue-frio e ambição, características que a tornam uma guerreira temida no campo de batalha. No entanto, por trás dessa força brutal, a personagem também revela um lado profundamente humano: ela é uma mãe amorosa e dedicada a Björn, cuidando dele com carinho mesmo depois que ele se torna adulto. Sua coragem e senso de justiça a tornam ferozmente protetora dos mais vulneráveis, em especial mulheres desarmadas e crianças, que ela defende com toda a intensidade de sua força e habilidade como guerreira.
Desde cedo, ela foi educada pelo pai para ser uma escudeira, seguindo a tradição das mulheres da família de Siward, que também eram vikings guerreiras. Sua habilidade com armas, estratégia e combate físico logo se tornou lendária entre seu povo, consolidando seu status como uma das maiores líderes femininas da série.
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Um dos momentos mais lembrados de sua trajetória envolve Ragnar Lothbrok, quando ele visita a casa de Lagertha para confessar seu amor. O encontro se transforma em uma prova de coragem: Ragnar é atacado por um urso e por um enorme cão guardião. Demonstrando força, audácia e determinação, Ragnar mata o urso com sua lança e estrangula o cão com as próprias mãos, conquistando a admiração e o coração de Lagertha, que aceita se casar com ele. Apesar da fama dessa história, não se sabe ao certo se é um relato real ou apenas um conto infantil contado por Ragnar para seu filho Björn, possivelmente como uma analogia à sua própria batalha contra Rollo.
Ao longo das temporadas, a personagem se mantém como uma personagem complexa e multifacetada, equilibrando sua ambição e habilidades militares com seus laços familiares e sua integridade moral. Sua trajetória, no entanto, encontra um fim trágico na temporada final de Vikings, quando é acidentalmente morta por Hvitserk, que a confunde com Ivar, filho de Ragnar. A sua morte é um dos momentos mais chocantes da série, encerrando o arco de uma das figuras mais respeitadas e queridas pelos fãs.
