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Série traz desfecho alternativo, mas cativante

spoilerQuando o produtor Brian Buckner anunciou que a última temporada de True Blood resgataria a essência perdida do show, muitos fãs da atração ficaram apreensivos com a notícia. Afinal, a série não vinha com eixo narrativo interessante desde a saída de seu criador, Alan Ball, do controle criativo.

Diferente das primeira temporadas, em que a narrativa esteve concentrada no triângulo amoroso entre Bill-Sookie-Eric, o último ano do seriado explorou temáticas fora do universo de Bon Temps. De conflitos religiosos a campo de concentração, o público viu True Blood perder, a cada episódio, o carisma interiorano/sobrenatural que lhe rendeu a fama.

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Desta forma, foi extremamente gratificante acompanhar a evolução dos personagens na luta contra com os vampiros contaminados com o Hep-V e na descoberta de suas reais missões no mundo. A comunidade da pequena cidade da Louisiana teve que unir para combater a nova ameaça, que casou também confrontos entre facções divergentes no local. Não demorou muito para grupo de imortais sedentos por sangue fosse aniquilado, assim como Alcide saísse por definitivo da vida da protagonista (o lobisomem foi assassinato no segundo capítulo da sétima temporada). Os artifícios serviram para explorar novamente raízes da narrativa, focada na relação entre Bill (Stephen Moyer) e a fada.

E, como em uma tragédia moderna, o vampiro decidiu dar a sua vida em troca da felicidade de Sookie (Anna Paquin). Contaminado com o vírus, Bill negou a cura – que foi bem aceira por Eric Northman -, realizou o sonho de ver Jessica casar-se com Hoyt e encontrou paz no jazido da esposa falecida. Jason conseguiu realizar o sonho de constituir uma família, Tara (mesmo do além) pode guiar a mãe pelo caminho da redenção, Sam Merlotte encontrou paz fora de Bon Temps, e Sarah Newlin teve que reviver o seus pecados no calabouço de Fangtasia.

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Para muitos telespectadores fiéis da atração, a escolha de Sookie por uma vida normal, sem a presença de vampiros, foi uma decepção. Eric não teve a sua despedida com a fada e terminou a sua saga como a começou: sentado em seu trono na boate que possui. A opção narrativa pelo final pode surpreender, mas não deixa de ser um desfecho seguro. Afinal, o sacrifício de Bill tinha que ser recompensado: se Sookie lhe resgatou a vontade de viver, era a sua obrigação garantir a felicidade da amada. Tal conclusão prova, mais uma vez, que True Blood não conseguiu, por mais revolucionária que foi para o gênero vampiresco, escapar dos inevitáveis clichês.

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Bruno
10 anos atrás

De fato, esperava um final “TRUE BLOOD” e alguma surpresa mais “interessante”. O que salvou a série foram os personagens marcantes e extremamente carismáticos. Apesar de tudo, é triste.. foi uma série que me apeguei bastante :(

Bruno
10 anos atrás

De fato, esperava um final “TRUE BLOOD” e alguma surpresa mais “interessante”. O que salvou a série foram os personagens marcantes e extremamente carismáticos. Apesar de tudo, é triste.. foi uma série que me apeguei bastante :(