A série Westworld tem sido muito aguardada por conta da grande produção, além de contar com um elenco renomado como Anthony Hopkins, Ed Harris e Rodrigo Santoro.
O seriado, assinado por J. J. Abrams, é uma ficção científica inspirada em um filme, que no Brasil ganhou o título de Westworld – Onde Ninguém Tem Alma, lançado em 1973.
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A trama acompanha a trajetória de robôs que vivem em um parque de diversão para humanos. A ideia é que no local as pessoas possam realizar as suas fantasias e os seus desejos mais íntimos, sem ter qualquer tipo de julgamento da sociedade.
A narrativa sofre uma reviravolta quando algumas atualizações nos softwares fazem com que estes robôs questionem a sua própria existência.
HBO divulga vídeo de Westworld
Para promover o lançamento da série, Rodrigo Santoro conversou com o Pop Séries! e comentou que a atração apresentará um mundo inimaginável para os espectadores e que haverá um envolvimento psicológico com a história.
Confira a entrevista abaixo:
*Pop Séries!: Como você foi apresentado ao mundo do Westworld?
Rodrigo Santoro: O elenco sabe somente o essencial para fazer o trabalho. Nós não temos as informações completas da personagem, mesmo após termos filmado dez episódios. Porém, eu acho que isso faz parte da experiência para que nós tenhamos uma atuação mais visceral. Ao mesmo tempo, eles trabalham polindo o roteiro. Esta é a diferença em trabalhar diretamente com criador do programa, pois ele está sempre aperfeiçoando a trama.
PS: O que Westworld trará de diferente para a televisão mundial?
RS: O seriado apresentará um mundo que vocês nem imaginam. Ele convida o telespectador a se envolver não só intelectualmente, mas emocionalmente e acho que, principalmente, psicologicamente. É uma série que trabalha muitas metáforas e analogias. É um estudo mesmo da natureza humana no seu sentindo mais complexo. O programa não fornecerá respostas, mas oferecerá bons questionamentos. É um entretenimento, muito bem produzido, mas cheio de entrelinhas e subtexto. Essa é a especialidade do autor.
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PS: O seu personagem existia no filme original?
RS: Talvez ele fosse uma inspiração do personagem fora da lei que é interpretado Yul Brynner. Porém, não é a mesma coisa. Não tem nada de remake, esqueça esta ideia! A série trabalha com o conceito do filme, que é um parque temático, para satisfazer os desejos, fantasias de seres humanos. Nós estamos trabalhando em um mundo onde não existem regras para os seres humanos e não há consequência para a as suas ações. O que nos faz entrar num lugar muito interessante, assustador e necessário.
PS: Como este parque de diversão se tornará interessante para os seres humanos?
RS: As pessoas fazem análise a vida inteira para compreender coisas que estão adormecidas. Coisa que temos dentro de nós, que na vida social não mostramos, por diversas razões. O parque não só te convida, mas te incentiva a colocar essas coisas para fora. É simplesmente maravilhoso! Quando não existe julgamento, você começa a revelar a complexidade da natureza humana.
Flashback: as emoções finais de Lost
PS: Como é trabalhar com o J.J. Abrams?
RS: Nós trabalhamos juntos em Lost e eu o conheci no set de filmagem. Acho que ele dispensa apresentações, pois é um autor que visitou tantos universos e tem uma mente muito aguçada. Lost foi muito diferente de porque tínhamos 20 episódios e era transmitido em televisão aberta. Westworld também trabalha reviravoltas e mistérios, mas tem um mundo próprio.
Lembrando que Westworld estreia mundialmente dia 2 de outubro na HBO às 23 horas.