Under the Dome foi uma das surpresas deste ano na televisão. A série, baseada na obra homônima de Stephen King, estreou com uma audiência histórica para o fall season – mais de 13 milhões de lares assistiram ao lançamento – e marcou o retorno da ficção científica ao horário nobre da programação americana.
A história da pequena cidade de Chester’s Mill que é aprisionada misteriosamente por uma redoma vai além das outras narrativas do gênero. Somos transportados a um mundo em que a natureza ambígua dos seres humano é constantemente questionada e que, em um cenário apocalíptico, os segredos do universo ressurgem do imaginário.
Desvendando o mistério de Under the Dome
Para King, a Terra não é o único planeta com vida inteligente. E, estes novos visitantes, possuem um missão: seria a barreira indestrutível uma forma de preservar a raça humana da sua iminente destruição? Ou uma forma alienígena de nos estudar?
Acompanhar a saga de Barbie (Mike Vogel), Julia (Rachelle Lefevre) e os outros personagens pelo autoconhecimento e por uma explicação para o aparecimento da redoma é extremamente tentador aos olhos do público. Com os recursos escassos, pânico entre os moradores e as ações ditatoriais de um vereador em busca de poder, Big Jim (Dean Norris), fica claro que o enredo da trama não tem como foco apenas a “intervenção alienígena”.
Veja o trailer de Under the Dome
Barbie (Mike Vogel) e Julia (Rachelle Lefevre) são os líderes escolhidos pela redoma
Originalmente, no livro de King, Angie (Britt Robertson) deveria morrer nos primeiros capítulos. Os produtores da atração (encabeçados por Brian K. Vaughan, de Lost) optaram, no entanto, por modificar o destino da personagem para a adaptação televisiva. O escritor, que deve escrever o roteiro de um dos episódios da segunda temporada, concordou. Afinal, ver a compulsão de Junior pela ex crescer ao ponto da insanidade é um dos principais elementos de tensão da narrativa.
Elenco de Under the Dome participa da Comic-Con 2013
O final da série deve também sofrer modificações. A ideia é levar os personagens à lugares novos, ainda não explorados no livro. É como se eles adquirissem vida própria nas telas, sendo moldados pouco a pouco pelo roteiro audacioso e inovador. Mas o principal trunfo da série é, talvez, o de atrair um público homogêneo de telespectadores que até então não encarava a ficção científica com bons olhos.
