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A chegada de de Aruanas à Globo pode despertar a atenção do público para outras causas, além da preservação do meio ambiente. É o que acredita Débora Falabella, que conversou com o Pop Séries! sobre os desafios que o país enfrenta em tempos de pandemia.

Protagonizado por Falabella, Leandra Leal, Taís Araújo e Thainá Duarte, o programa tem como enredo e missão revelar ao público a luta dos ativistas para proteger a Amazônia da devastação. Em meio a esforços de ONGs, advogados e jornalistas, o grupo tem os seus planos ameaçados por uma mineradora, que tenta “extinguir” uma zona de proteção ambiental.

Confira, abaixo, os principais assuntos do bate-papo com a atriz:

Estreia da 1ª temporada no canal aberto

“Acho uma escolha muito bonita a gente falar de natureza em um momento que estamos nesta pausa. Acho que está tudo interligado, sobre este vírus e o que aconteceu para isso chegar até a gente. É um momento precisamos parar e olhar para outras coisas … parar que esta corrida capitalista desenfreada que estávamos vivendo. Com algumas pessoas em casa, talvez atinga mais gente. Eu estava muito ansiosa, desde que a série estreou no Globoplay, para que ela fosse para TV aberta. Ela precisa chegar nas pessoas numa forma mais ampla, do que só no streaming. E acho que é uma escolha feliz da Globo passar esta série neste momento.”

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O que esperar de Natalie na 2ª temporada de Aruanas?

“Elas têm os seus dramas pessoais, suas questões. É uma personagem que vai carregar a história da primeira temporada, ela já vem transformada. É uma mulher muito sensível, que já vem com uma história muito complicada: ela vive um luto por conta de uma filha que perdeu numa gravidez muito avançada. E também perder uma amiga para uma história muito pessoal … Então, ela vem com um acúmulo de todas essas questões, mas, ao mesmo tempo, levando a sua vida e seguindo com uma ativista com uma força grande na questão do jornalismo. São duas coisas que andam juntas nesta série. São mulheres fortes que conseguem realizar os seus desejos, relacionados à suas paixões, mas aos mesmo tempo têm que lidar com os seus dramas pessoais que são muito pesados e fortes e precisam ultrapassar isso.”

 

O jornalismo em foco na crise

“O último episódio que assisti tinha uma frase, acho que foi no dia que o presidente mandou um jornalista calar a boca. O dia de mais um ataque à imprensa … foi um dia que a Natalie estava na sala do diretor da TV Núcleo, onde ela trabalhava, e ela estava discutindo sobre uma matéria que ela fez. E ela fala exatamente isso: ‘O papel do jornalismo é colocar o dedo na ferida. Não seria essa a nossa função?’. E eu acredito que sim. Acho que todos nós agora somos ativistas no momento em que vivemos. Precisamos desta força mesmo e ter a percepção que estamos lidando com algo que não é normal. Espero que a força da Natalie gere uma reflexão no público de quanto esse papel é importante para revelar as coisas. Acho que, de forma diferente, os artistas revelam as coisas de uma forma ligada à uma questão intuitiva e o jornalismo revela de uma maneira mais forte … Então, essa série mistura tudo isso, ficção com realidade.”

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O envolvimento com as ONGs durante as gravações

“A gente acabou se envolvendo com o Greenpeace e com as pautas que eles defendem. Eu tive uma experiência muito linda com alguns jornalistas ambientais. Então, eu tenho uma curiosidade quando existe algum tipo de campanha de algo que seja importante para revelar às pessoas o que não saibam o que está acontecendo, para divulgar esses trabalho. Eu, como pessoa, tenho passado isso para minha filha de uma forma, que talvez se não tivesse feito Aruanas, não passaria assim. Ela foi para Amazônia e tem uma consciência que eu não tinha na idade dela. Todos nós na série fomos modificados por essas questões.”

Reprises na quarentena: O Clone, Avenida Brasil e Aruanas

“Achei uma loucura, túnel do tempo! As novelas que foram mais marcantes para mim, não de personagens, mas para o público e que me deixaram conhecidas foram justamente O Clone e Avenida Brasil. E de repente as duas passando ao mesmo tempo, com espaço tão grande entre elas. Com o isolamento, vejo uma retrospectiva boa, não vejo com crítica. Rever Avenida Brasil agora foi um deleite, porque na época você está muito envolvida com as gravações e assiste à novela para corrigir os seus erros, entender o que está acontecendo na trama.”

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