Havia uma grande expectativa sobre o lançamento da terceira temporada de Narcos, afinal de contas a série se despediu de Pablo Escobar no ano passado. Como o programa sobreviveria sem a presença de um personagem icônico? Com o objetivo de retratar a história do narcotráfico mundial, o seriado escolheu – desta vez – ter o Cartel de Cali como seu protagonista.
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Após a morte de Escobar, Cali passou a ser o principal fornecedor de cocaína para os Estados Unidos, principalmente abastecendo a cidade de Nova York. Com quatro líderes, a organização tinha estratégicas dignas de grandes empresas de importação e gostava de fazer negócios sem chamar atenção, muito diferente da atuação de Escobar. Por isso, a terceira temporada de Narcos não teve uma grande presença carismática, mas continuou mostrando perseguições eletrizantes.
Houve uma clara tentativa de deixar o programa menos “americanizado”, colocando o personagem de Pedro Pascal – Javier Peña – na linha de frente e escalando bons atores como Matias Varela (Jorge Salcedo). Com isso, a atração ganhou mais veracidade, porém continuou tratando a realidade da Colômbia com superficialidade.
O seriado ainda transmite a sensação de que é feito principalmente para o público americano e europeu. Os Estados Unidos são exaltados como grandes heróis que salvaram o povo colombiano de homens impiedosos e tentaram acabar com um grande esquema de corrupção. Quer assistir a uma atração que trata o tema como mais complexidade? Veja Pablo Escobar, El Patron del Mal ou El señor de los cielos.
Narcos: veja teaser da 3ª temporada
A quarta temporada de Narcos também sofrerá uma nova mudança na narrativa. Com o fim dos grandes cartéis da Colômbia, os próximos episódios serão ambientados no México. Resta saber como os produtores vão relacionar a história de El Chapo – o líder do Cartel de Sinaloa -, uma vez que a Netflix já possui uma série exclusiva sobre o traficante.