Ismael Cruz Córdova conquistou o público da CCXP22
Diversidade foi um tema recorrente na visita do elenco de O Senhor dos Anéis: Anéis do Poder ao Brasil. Participaram da CCXP22 Ismael Cruz Córdova (Arondir), Cynthia Addai-Robinson (Míriel), Sara Zwangobani (Marigold) e Trystan Gravelle (Ar-Pharazôn).
Os atores comentaram a experiência de viver mais uma clássico de J. R. R. Tolkien, anos depois do sucessos das adaptações de O Senhor dos Anéis e O Hobbit para o cinema.”Fui ver a Irmandade do Anel em 2001 e isso meio que me transportou de volta para minha infância. Voltei direto para casa, subi em uma árvore. Eu tinha 19 anos. Mas, sim, ele me levou a este lugar mágico. Acho que é brilhante expandir a história para audiência mundial, porque é um mundo fantástico, é muito heterogêneo e é importante, eu acho que celebremos isso com todos”, comentou Trystan.
Um dos assuntos mais comentados durante o painel da série, e também na coletiva de imprensa, foi a questão da pluralidade do elenco. Em português, Ismael agradeceu os fãs pelo apoio que recebeu após sofrer ataques de ódio ao interpretar o elfo Arondir na trama. “É ótimo falarmos sobre isso [diversidade], mas também sonhamos com um momento em que não precisemos mais falar sobre isso, onde possamos entrar nesses espaços”, comentou. “Queremos também ser vistos de uma forma mais profunda. E porque você tem essa bela pergunta, isso significa que temos muito mais pela frente. É apenas a ponta do iceberg. E se alguém lhe disser que fizemos grandes progressos, é uma ilusão. Nós avançamos. Fazemos parte de um grande movimento porque não começamos isso. Estamos nos apoiando em outras pessoas e sabemos de fato, com base em todo o seu amor, que a mudança está acontecendo e que foi necessária.”
Anéis do Poder tem como foco a Segunda Era das histórias de Tolkien, com a ascensão de Sauron e a criação dos anéis poderosos. Também conhecemos os pés peludos, os antepassados dos hobbits, e a cidade de Númenor, uma pequena ilha localizada em Belegar que foi criada pelos Valar como uma presente aos homens que lutaram com os elfos durante a batalha contra Morgoth. “O que é maravilhoso sobre isso, quando você vai ver qualquer fantasia ou qualquer coisa, os fãs sempre terão uma expectativa ou uma ideia em suas cabeças. Isso é uma coisa maravilhosa, porque então eles podem ver as coisas e podem pensar: foi assim que eu imaginei, ou não foi assim que eu imaginei”, analisou Trystan.
Sara também comentou sobre a representatividade que a história trouxe ao público feminino, ao passo que a principal guerreira da série é uma mulher. “Bem, temos uma questão em termos de diversidade. Falamos muito sobre raça, mas também há outra pauta. Há todo tipo de visibilidade que precisa ser vista. E, novamente, vou trazê-lo de volta para minha filhinha. Quando ela viu Galadriel brigando, ela ficou tão animada. Ela tem oito anos. E é incrível ver, pelos seus olhos, como isso a faz ver que ela pode ser tão forte, corajosa e incrível quanto Galadriel.”
Cynthia completou, contanto quais referências e inspirações buscou para interpretar o papel da poderosa rainha de Númenor. “Pensei nas mulheres da minha vida que eu conhecia. Pensei na minha mãe, pensei nas minhas amigas, nas minhas tias. Queria trazer todas as suas forças e maravilhas e tentar colocá-las nessa personagem. Então, sim, acho que protegemos muito essas personagens femininas. Temos propriedade real sobre elas. E algo interessante acontece quando você tenta se aproximar da personagem que também existe na página. E há esse tipo de fusão e, às vezes, você está numa cena e há paralelos tão fortes com o que você está pensando ou o que está acontecendo mundo. Para todos nós. Estávamos fazendo esse show durante a pandemia. Muita coisa estava acontecendo e foi muito interessante interpretar uma rainha, tentando liderar.”
A segunda temporada de Anéis do Poder já em produção pelo Amazon Prime Video e data de estreia ainda não foi divulgada.