A cor não era a primeira escolha da Marvel
Criado em 1962, o doutor David Banner, também conhecido como Bruce Banner, foi vítima de um terrível acidente que aconteceu durante uma de suas pesquisas científicas envolvendo os raios gama.
Com isso, o personagem desenvolveu uma dupla personalidade, e sempre que era irritado, transformava-se em um grande monstro verde, mais conhecido como o alter-ego Hulk.
Embora essa seja a história popular como a conhecemos, a ideia original da Marvel era que Hulk adquiriria um tom cinza durante a sua transformação. Porém, um equívoco da gráfica levou ao erro que deu fama ao herói como ficou popular.
Tudo aconteceu por acaso, e ao não conseguir acertar na tonalidade desejada, a primeira impressão saiu, na verdade, com um tom azulado, mais parecido com verde do que cinza.
Por décadas, o herói explosivo se firmou no imaginário de diversas gerações por sua força extrema, seu poder de regeneração, invulnerabilidade, o intelecto elevado, e claro, por sua cor verde!
Nasce o Hulk!
Assim como grande parte dos mais importantes personagens da Marvel, o incrível Hulk foi criado por ninguém menos que o lendário Stan Lee, que na ocasião dividiu a assinatura do personagem com o desenhista Jack Kirby.
Sua primeira aparição oficial aconteceu na revista em quadrinhos intitulada O Incrível Hulk, que foi lançada em meados de 1962. Após a estreia, o nome da publicação lhe serviu como uma espécie de apelido.
A história original contava que Hulk era o selvagem e poderoso alter-ego do Dr. Robert Bruce Banner, um brilhante e inteligente cientista que foi acidentalmente atingido por raios gama enquanto salvava um adolescente durante o teste militar de uma bomba que ele desenvolvia.
Com o bom recebimento que teve por parte do público, as histórias do gigante verde começaram a ser produzidas também para o audiovisual, a princípio em desenhos animados, e posteriormente em live-actions.
O Incrível Hulk
Foi na década de 1960 que o herói começou a aparecer na televisão. Sua estreia aconteceu em 1966, no desenho animado The Marvel Super Heroes.
Duas décadas depois, ele ganhou a sua primeira e própria série animada, que foi intitulada como O Incrível Hulk e lançada em 1982.
Em outro salto temporal, em 1996 uma nova série com o mesmo título foi a novidade. A trama contava com a participação da Mulher-Hulk.
No decorrer dos anos, várias animações contaram com a participação do personagem, a exemplo de Vingadores: Os Heróis mais Poderosos da Terra, Ultimate Homem-Aranha,Vingadores Unidos, Hulk e os Agentes da S.M.A.S.H. e Phineas e Ferb: Mission Marvel.
O início das live-actions
Embora nos dias atuais seja extremamente comum e até mesmo corriqueiro vermos séries e filmes de ficção, heróis e personagens animados sendo interpretados por atores reais, algumas décadas atrás isso era um fato muito inovador.
Um bom exemplo de inovação foi a série O Incrível Hulk, lançada em 1978 e exibida no Brasil pelas emissoras pelo canal TCM e Rede Brasil de Televisão.
A atração foi estrelada por Bill Bixby e Lou Ferrigno e ficou no ar durante oitenta episódios, cativando o público e mostrando uma nova e adaptada versão da história de Hulk.
Devido ao sucesso da trama, em 1979 os cinemas receberam o filme intitulado O Casamento do Incrível Hulk, que após sair das telonas, foi dividido em duas partes e apresentado antes da abertura da segunda temporada da série.
Em 1988, o filme especial para a TV O Retorno do Incrível Hulk foi lançado. Dirigido por Nicholas Corea, o enredo acompanha Hulk enfrentando um Thor bem diferente de sua versão conhecida dos quadrinhos.
No ano seguinte, outro longa televisivo chegou ao público com o título O Julgamento do Incrível Hulk, que trouxe um encontro memorável dele com ninguém menos que o Demolidor.
A Morte do Incrível Hulk foi gravada em 1990 e teve como premissa mostrar Hulk diante de difíceis escolhas que envolvem amor, lealdade, vida e morte.
O Hulk dos cinemas
No começo dos anos 2000, com o aumento na popularização das adaptações dos quadrinhos para os cinemas, o ator Eric Bana recebeu a missão de interpretar Hulk no filme de mesmo título, lançado em 2003.
A trama acompanha David Banner, um geneticista que descobre uma mutação que permite que o DNA humano possa se curar rapidamente de uma lesão ou de uma ferida. Usando a descoberta em soldados dos Estados Unidos, o cientista é proibido de fazer testes nele próprio, mas o faz escondido.
Quando nasce Bruce, filho de David, ele percebe que seu DNA mudado acabou sendo transmitido para a criança e começa a buscar por uma cura.
Em 2008, um reboot intitulado O Incrível Hulk foi lançado, produzido e distribuído em parceria entre os estúdios da Universal e do Universo Cinematográfico Marvel.
Estrelado por Edward Norton, Liv Tyler, Tim Roth, William Hurt, Tim Blake Nelson e Ty Burrell, na trama, Bruce Banner acaba se tornando o Hulk como um peão involuntário em um esquema militar para que tem como intuito revigorar um programa de supersoldados através da radiação gama.
Em 2012, o ator Mark Ruffalo assumiu o papel de Bruce Banner pela primeira vez durante o filme Os Vingadores, que acabaria se tornando uma franquia composta por vários títulos.
Embora tenha cativado o público e caído na graça popular, o Hulk de Mark não ganhou filme próprio e o personagem passou a ser apenas uma espécie de coadjuvante em todas as suas aparições, que aconteceram em filmes de outros heróis também.
Com os direitos cinematográficos do personagem ainda pertencendo à Universal, que apenas concede permissões para que o Hulk apareça nos projetos da MCU, uma autorização para um longa solo nunca foi liberada.
No começo de 2024, o ator revelou que durante uma conversa com Kevin Feige, produtor cinematográfico e presidente dos Estúdios da Marvel, teve a total convicção de que o tão esperado filme nunca vai acontecer.
De acordo com Ruffalo, as palavras exatas de Feige foram as seguintes: “Eu não quero acabar com os seus sonhos, mas isso não vai acontecer”, afirmou, sendo sincero em relação às dificuldades enfrentadas pelo estúdio.
O mais recente retrato de Hulk pode ser apreciado na franquia de Os Vingadores ou na série Mulher-Hulk, que está disponível para streaming e pode ser assistida através do catálogo da Disney+.