Não foi uma temporada fácil para The Walking Dead! O oitavo ano, que tinha como premissa abordar a guerra de Rick de Negan, apresentou trama rasa que não caiu nas graças do público. O seriado viu sua audiência diminuir drasticamente a cada semana e uma onda de reclamações atingiu as redes sociais. Resultado: o produtor executivo Scott M. Gimple foi alvo de um abaixo assinado, afastado pelo canal AMC e substituído por Angela Kang. Mas o que aconteceu para que o seriado tivesse tanta reprovação?
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Rick (Andrew Lincoln) estabeleceu um plano minuciosamente elaborado, que foi muito bem executado no início dos episódios. No entanto, o que se percebeu é que as reviravoltas da trama ao longo da temporada eram somente baseadas em erros cometidos pelos personagens. Exemplos não faltam: a crise de consciência de Jesus, a impulsividade de Daryl ou até mesmo a teimosia de Rick em buscar aliados traiçoeiros, como no caso de Jadis. A sensação é que essa foi a única saída encontrada por Gimple para dar dinamismo à trama e o resultado acabou sendo previsível.
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Para piorar a situação, as brigas diretas de Rick e Negan (Jeffrey Dean Morgan) foram motivos de chacotas. Era mais do que óbvio que nenhum dos personagens morreria no meio da temporada. Apesar do criador, Robert Kirkman, afirmar que a série é capaz de sobreviver sem seu protagonista, a falta de consistência do roteiro impossibilita que isso aconteça. Ao mesmo tempo, não existia a possibilidade de nenhum vilão ser pior do que Negan. Então, o que se viu foi uma sucessão de brigas ensaiadas até um deles escapasse correndo do local.
Apesar de ter causado muita tristeza nos fãs, a morte de Carl (Chandler Riggs) trouxe bons argumentos para o conflito travado por seu pai. Em meio à tantas desgraças e maldades, ele foi não foi uma vítima da guerra. O personagem foi morto pelos zumbis, que são a ameaça central do programa. E com sua despedida, Carl relembrou valores importantes, tanto para Rick como para Negan. O perdão e a misericórdia ainda devem ser valorizados, mesmo com o fim da sociedade em que todos conheciam.
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No desfecho, Eugene provou toda a sua lealdade ao grupo de Rick e mostrou uma humanidade que era desconhecida no personagem. A ideia de assistir Rick derrotar Negan foi avassaladora, afinal de contas o público esperou mais de dois anos para ver a morte do inimigo. Porém, o meio encontrado pela produção foi desastroso. Quais são as reais chances de uma pessoa sobreviver a um corte no pescoço? E mesmo que Negan tivesse morrido, a luta final não teve o clímax desejado. O ex-líder dos Salvadores foi em parte perdoado e o que lhe resta é acompanhar – como prisioneiro – a nova sociedade que Rick criará.
Um ponto que pode ser bem explorado no próximo ano é a reviravolta de Maggie contra Rick, uma vez que a viúva queria vingança pela morte de seu amado Glenn. Mais do que isso: Daryl (Norman Reedus) estará confabulando contra seu melhor amigo e há chances Jesus mostrar um lado obscuro. Se o seriado seguir a narrativa dos quadrinhos, teremos um grupo chamado Sussurradores, em que os humanos se disfarçam de zumbis para atacar e sobreviver.
Só nos resta torcer para que a nova produtora da atração prepare uma excelente nona temporada. Os fãs de The Walking Dead desejam voltar a vibrar a cada episódio – com aquele frio na barriga característico – de quem não quer ver seu personagem favorito deixar a série.